RECOMPOSIÇÃO DA RELAÇÃO SUJEITO -TRABALHO NOS MODELOS EMERGENTES DE CARREIRA

RAE-Revista de Administração de Empresas

Endereço:
Av. 9 de Julho, 2029
São Paulo / SP
CEP 01313-902
Site: http://www.fgv.br/rae
Telefone: (11) 3799-7999
ISSN: 347590
Editor Chefe: Maria José Tonelli
Início Publicação: 30/04/1961
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Administração

RECOMPOSIÇÃO DA RELAÇÃO SUJEITO -TRABALHO NOS MODELOS EMERGENTES DE CARREIRA

Ano: 2009 | Volume: 49 | Número: 4
Autores: Pedro F Bendassolli
Autor Correspondente: Pedro F Bendassolli | [email protected]

Palavras-chave: carreira, modelos de carreira, significado do trabalho, indivíduo e organização, identidade profissional

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nosso objetivo neste artigo é analisar a recomposição da relação sujeito-trabalho present e em modelos emergentes de carreira concebidos na confluência de tradições sociológicas, psicológicas e gerenciais. Utilizamos o termo recomposição, pois esses modelos têm em comum a partilha de um humor de época que se generalizou especialmente nos últimos quarenta anos, consistindo em enfatizar a fragilização, a precarização, a desmontagem e a consequente necessidade de transformação dos modelos de carreira tradicionais, calcados em torno da noção de emprego herdada da sociedade industrial. Apresentamos e analisamos os pressupostos centrais de oito modelos emergentes de carreira e questionamos como, a partir deles, sujeito, trabalho e organizações são reelaborados em resposta à desinstitucionalização do emprego observada no mesmo período em que eles foram propostos. Concluímos propondo que os modelos emergentes de carreira são dispositivos discursivos cuja crítica pode nos trazer informações valiosas sobre as ambiguidades e tensões do trabalho na atualidade.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to analyze the reconstruction of the subject-work relationship found in emerging career models emerging from the confluence of sociological, psychological and managerial traditions. We use the term reconstruction because these models share a common spirit of the times that became widespread over the past four decades and consists in emphasizing the weakening, precarization, disassembly and consequent need for transformation of traditional career models, seated on a concept of employment that is a heirloom from the industrial society. We introduce and analyze the central assumptions of eight emerging career models and, based on them, investigate how the subject, work and organizations are re-worked in response to the de-institutionalization of work that took place as they were proposed. We conclude by proposing that emerging career models are discursive devices whose criticism may yield valuable information on the ambiguities and contradictions surrounding work today.