Recinfernália: uma cidade que é mutação desejante e invenção permanente

Artcultura

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ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Recinfernália: uma cidade que é mutação desejante e invenção permanente

Ano: 2022 | Volume: 24 | Número: 45
Autores: Edwar de Alencar Castelo Branco
Autor Correspondente: Edwar de Alencar Castelo Branco | [email protected]

Palavras-chave: História, filmes, cidade

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Resumo Português:

O principal propósito deste artigo é apropriar-se historicamente do filme Recinfernália (1975), do filósofo, poeta, ator, cineasta e agitador cultural pernambucano Jomard Muniz de Britto. No texto se procurará abordar, principalmente, as contribuições do autor ao esforço de bricolagem e (re)invenção identitária da cidade do Recife, bricolagem que se realizaria através de uma intensa atividade artística voltada, entre outras coisas, para uma submissão da “pernambucanidade tropicológica” a um delírio que a obrigasse a transmutar-se em “pernambucália tropicalista”. No caso de Recinfernália, trata-se de um esforço de Jomard Muniz de Britto para reposicionar a identidade espacial da capital pernambucana, forçando-a a escapar da aparência de identificação consigo mesma que a tradição tropicológica, do ponto de vista do sujeito ora estudado, buscava impor ao Recife e mesmo ao objeto cultura brasileira. Em filme, portanto, Jomard consuma o programa tático de Michel de Certeau: a ver a cidade, espreitando-a, prefere misturarse com ela, praticando-a e por consequência borrando o cartão-postal