Quotidiano, liberdade e violência: experiência de egressos do cativeiro em Rio Claro/SP na segunda metade do século XIX
Revista Escripturas
Quotidiano, liberdade e violência: experiência de egressos do cativeiro em Rio Claro/SP na segunda metade do século XIX
Autor Correspondente: C. R. dos Santos | [email protected]
Palavras-chave: Violência, Rio Claro, Processos Criminais.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O artigo que se apresenta tem por objetivo analisar a dinâmica societária e as relações entre indivíduos egressos do cativeiro, no mundo que se convencionou chamar de “livre”, em Rio Claro/SP na segunda metade do século XIX. Por meio de documentos como os processos criminais e a imprensa da época, procuramos mostrar como esses indivíduos recém egressos do cativeiro criaram estratégias próprias de sobrevivência no processo de inserção na sociedade rio-clarense na segunda metade do século XIX, tendo como pilar as experiências trazidas do período em que viveram sob o jugo do escravismo. Tratamos de ilustrar, apoiados nas fontes e um consistente referencial teórico de historiadores como Maria Odila Leite da Silva Dias, Sidney Chalhoub, Warren Dean, Hebe Mattos, entre outros, as lutas e conflitos em um território estranho - o chamado “mundo livre” - a esses indivíduos e a construção de uma rede de relações sociais mergulhadas em solidariedade e embates em uma sociedade na qual os indivíduos de cor encontravam dificuldades para inserção.
Resumo Inglês:
The present article aims to analyze the societal dynamics and the relationships between individuals who had been released from captivity, in a world that was conventionally called “free”, in Rio Claro / SP in the second half of the 19th century. Through documents such as criminal proceedings and the press of the time, we tried to show how these individuals recently released from captivity created their own strategies for survival in the process of insertion in Rio-Clarense society in the second half of the 19th century, based on the experiences brought of the period in which they lived under the yoke of slavery. We try to illustrate, supported by the sources and a consistent theoretical reference of historians such as Maria Odila Leite da Silva Dias, Sidney Chalhoub, Warren Dean, Hebe Mattos, among others, the struggles and conflicts in a strange territory - the so-called “free world” - to these individuals and the construction of a network of social relations steeped in solidarity and clashes in a society in which individuals of color found it difficult to enter.
