O presente estudo visa trazer à tona alguns questionamentos sobre meu trabalho com música contemporânea para dialogar com o meio acadêmico, seja como compositor, intérprete ou instrumentista. São eles: arte naïf, utilização lúdica do conceito de Übermensch, intérprete como agente ativo/passivo, Sistema Stanislavski na composição e a tentativa de atrair mais público para a música experimental sem apelar para a estética kitsch. Trago a esta discussão nomes de outros compositores, reflexões sobre minhas composições e abordagens que vão da psicanálise até a análise tecnológico-econômica do período em que estamos. Dedico também um item para comentar brevemente uma seleção de minha produção. No final, todos estes questionamentos resultam na grande angústia de minha geração: a impossibilidade de definir o que é música nos dias de hoje. Este é definitivamente um assunto do qual ainda haverá muita discussão e que parece estar longe de ser resolvido
(isso se algum dia realmente o for).
The present study aims to bring up some questions about my work with contemporary music to dialogue with the academic environment, whether as a composer, performer or instrumentalist, the subjects are: naïf art, playful use of the Übermensch concept, interpreter as an active/passive agent, Stanislavsky System used in compositions and the attempt to attract more audiences to experimental music without appealing to kitsch aesthet-ics. I bring other composers to this discussion, reflections on my compositions and approaches that range from psychoanalysis to the technological-economical analysis of the period we are in. I also dedicate an item to briefly comment on a selection of my works. In the end, all these questions result in the great anguish of my generation: The impossibility of defining what music is today. This is definitely a subject that will still have a lot of discussion and that seems to be far from being solved (if it ever will be).