Quando a vacina entra na escola

Revista Equatorial

Endereço:
Campus Universitário, CCHLA - Departamento de Antropologia - Lagoa Nova
Natal / RN
59.072-970
Site: http://periodicos.ufrn.br/equatorial
Telefone: (84) 3342-2240
ISSN: 2446-5674
Editor Chefe: Angela Facundo Navia
Início Publicação: 31/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Quando a vacina entra na escola

Ano: 2018 | Volume: 5 | Número: 8
Autores: Natália Almeida Bezerra
Autor Correspondente: Natália Almeida Bezerra | [email protected]

Palavras-chave: Antropologia, Saúde, Estado, Vacinação/HPV, Cuidado.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho é resultado de um estudo etnográfico sobre a vacinação do HPV, realizado em uma escola pública do Distrito Federal. O objetivo desta pesquisa é conhecer o mundo social que envolveu a vacina dentro da escola, a partir da construção que os atores envolvidos - mães e pais, meninas e meninos, fizeram ou possuíam sobre a vacinação do HPV. As vacinas têm-se revelado, diria historicamente, uma fonte de prevenção, de fortalecimento do corpo. Mas como um processo apropriado, tanto pelo Estado como pelo ser humano, sofreu e sofre vários tipos de interpretações e apropriações, extrapolando o mundo biomédico e ganhando diferentes contornos sociais e culturais. Tudo isso releva diversos posicionamentos, sejam com o próprio corpo, para com/ou da família, com os poderes institucionais. Quando nos deparamos com uma vacina que chegou ao Brasil há pouco, realizada apenas em corpos femininos muito jovens, esses ainda representados por seus pais e mães, e que recebem a dose fora de seu campo jurisdicional “natural” – as unidades médicas – mas sim, dentro de uma instituição de ensino, este contexto vacinal se torna ainda mais interessante. É sobre a trajetória da vacina HPV, a lógica do cuidado em vacinar ou não uma filha e que gatilhos teóricos usados para embasar esta decisão que esta pesquisa se debruçou.  



Resumo Inglês:

The present study is the result of an ethnographic study on HPV vaccination, carried out at a public school in the Federal District. The objective of this research is to know the social world that involved the vaccine within the school, from the construction that the actors involved - mothers and fathers, girls and boys - did or had on HPV vaccination. Vaccines have been, I would say historically, a source of prevention, of strengthening the body. But as an appropriate process, both by the State and by the human being, it suffered and undergoes various types of interpretations and appropriations, extrapolating the biomedical world and gaining different social and cultural outlines. All of this relies on several positions, whether with the body itself, towards the family, with the institutional powers. When we are faced with a vaccine that has recently arrived in Brazil, carried out only on very young female bodies, those still represented by their fathers and mothers, and receiving the dose outside their "natural" jurisdictional field - the medical units - within an educational institution, this vaccine context becomes even more interesting. It is about the trajectory of the HPV vaccine, the logic of care in vaccinating a daughter or not, and what theoretical triggers are used to support this decision that this research has considered.



Resumo Espanhol:

El actual trabajo és resultado de un estúdio etnográfico acerca de la vacunación  del HPV, realizado en una escuela pública do Distrito Federa, capital de el Brasil. El objetivo de esta investigación és conocer el mundo social que envolveu a vacuna dientro de la escuela, a partir de la construción que los actores  - padres e madres, niñas e niños, equipo escolar, teníam sobre la vacunación del HPV. Las vacunas revelaram, históricamente, una fonte de prevención, de fortalecimento del cuerpo. No obstante, como un proceso apropiado, tanto por el Estado como pelo ser humano, sufrió varios tipos de interpretación, excedendo el mundo médico, ganando sentidos sociais e culturais. Esto puede desvelar diversos posicionamientos para con su cuerpo, de la família para com poderes institucionais. Cuando nos deparamos con una vacuna que llegou en Brasil a poco tiempo, aplicada em cuerpos femeninos muy jovens, estes ainda reportados por sus madres, y que reciebem la dose de la vacuna fuera de lo hospital – dientro de la escuela, este contexto vacunal se muestra ainda más interesante. És sobre la trajetória de la vacuna HPV y a lógica de lo cuidado em vacunar o no suyas hijas que este arículo se inclinarse-á.