Quando o ônibus não passa: transporte e exclusão social em Ribeirão das Neves

Ponto Urbe

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ISSN: 19813341
Editor Chefe: Profª. Drª. Silvana de Souza Nascimento
Início Publicação: 06/08/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia

Quando o ônibus não passa: transporte e exclusão social em Ribeirão das Neves

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 24
Autores: Marina Abreu Tôrres
Autor Correspondente: Marina Abreu Tôrres | [email protected]

Palavras-chave: mobilidade, ônibus urbano, segregação espacial, Ribeirão das Neves, transporte coletivo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nesse artigo, analiso o cotidiano nos transportes coletivos em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Inserido no processo de periferização e segregação territorial da capital mineira, o município possui linhas de ônibus pouco frequentes, de baixa qualidade e caras, o que afeta diretamente a possibilidade de seus moradores acessarem outras regiões da metrópole. Percorrendo os ônibus metropolitanos de Ribeirão das Neves, foi possível perceber alguns dos obstáculos enfrentados pelos seus moradores no acesso aos serviços de transporte e as suas consequências sobre um cotidiano já árduo. A partir da observação participante, apresento uma reflexão sobre o ir e vir dos moradores de Neves, analisando, também, as estratégias encontradas por eles para resistir a um sistema que atua fortemente para sua imobilidade.



Resumo Inglês:

In this article, I analyze the daily routine in the public transit of Ribeirão das Neves, in the Metropolitan Region of Belo Horizonte. The municipality was occupied as a result of the expansion of peripheral areas in Belo Horizonte and a precarious system of transport aggravates processes of territorial segregation. Low-frequency bus lines, as well as a precarious service and high fare prices directly affect the possibility of those who live in Ribeirão das Neves to access the city. Riding through buses of the region, some of the obstacles faced daily in transit came to light, evidencing their severe consequences on an already difficult routine. As I depict some scenes of the metropolitan buses, I reflect upon the coming and going of those who live in Ribeirão das Neves and analyze the strategies created to resist a system that pushes them into further immobility.