Proteção ou paternalismo: desafios para a participação de adolescentes em pesquisas

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ISSN: 1415-1804
Editor Chefe: Prof. Rafael Soares Gonçalves
Início Publicação: 31/05/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Serviço social

Proteção ou paternalismo: desafios para a participação de adolescentes em pesquisas

Ano: 2012 | Volume: 15 | Número: 27
Autores: Andressa Gadda
Autor Correspondente: A. Gadda | [email protected]

Palavras-chave: crianças e jovens, barreiras na participação, pesquisa, Escócia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No Reino Unido, o direito à participação dos adolescentes tem sido muito estimulado
a partir da ratificação da Convenção dos Direitos da Criança (UNCRC),
em 1991. Desde então, organizações governamentais e não-governamentais têm
adotado como prática a inclusão de crianças e adolescentes em distintas iniciativas.
No entanto, como se dá essa participação é objeto de intensos debates, onde muitos
autores ressaltam a disparidade entre a retórica e a prática. A pesquisa que deu
origem a esse artigo, realizada com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
na Escócia, demonstrou que existem muitas barreiras sociais e estruturais
que dificultam a participação. Um dos argumentos centrais do artigo é demonstrar
como a incorporação da retórica de “ouvir as crianças”, pode, de fato, silenciar as
suas vozes em relação à sua participação em pesquisa.



Resumo Inglês:

In the UK, since the ratification of the United Nations Convention on the Rights
of the Child (UNCRC) in 1991, children’s rights to participate has been increasingly
promoted. It is now common practice amongst both statutory and non statutory
agencies to include children and young people in a diverse range of initiatives and
consultations. It is unclear however the extent to which these are truly participatory
with many authors suggesting that there is a disparity between the rhetoric and
practice of participation. From my own personal experience of conducting research
with a group of marginalised young people in Scotland I have found that there are anumber of social and structural barriers which make children´s and young people´s
participation difficult to achieve, even when you are committed to a participatory
agenda. In what follows I will explore some of the difficulties in engaging a group
of marginalised youth in research. I will argue that the ways in which the rhetoric of
listening to children has been incorporated in practice may effectively silence some
young people´s voices in terms of their future participation in research.