PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS ANTI-RICINA

Ciência E Agrotecnologia

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Editora UFLA - Campus Histórico - Universidade Federal de Lavras
Lavras / MG
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Telefone: (35) 3829-1532
ISSN: 14137054
Editor Chefe: Renato Paiva
Início Publicação: 31/12/1976
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Agronomia

PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS ANTI-RICINA

Ano: 2011 | Volume: 35 | Número: 1
Autores: Roselayne Ferro Furtado, Maria Izabel Florindo Guedes, Carlucio Roberto Alves, Ana Cristina de Oliveira Monteiro Moreira, Wagner Pereira Felix, Rosa Amália Fireman Dutra
Autor Correspondente: Roselayne Ferro Furtado | [email protected]

Palavras-chave: ricinus communis, toxicidade, detecção

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ricina é uma proteína bastante tóxica presente nas sementes de mamona que impossibilita o uso da torta de mamona “in
natura”, como ração. A torta de mamona destoxificada necessita ainda de métodos de análise que garantam a ausência de traços dessa
proteína. Objetivou-se, neste trabalho, produzir e avaliar a sensibilidade e especificidade de anticorpos policlonais anti-ricina, para
serem empregados como possíveis componentes de métodos sorológicos na detecção de ricina em torta de mamona destoxificada.
Foram avaliadas três doses da proteína: 400, 180 e 100 μg cada uma dividida em duas aplicações em coelhos. A primeira dose foi
injetada no animal no início do experimento e a segunda após 21 dias. O método de ELISA indicou que as duas doses menores (100
e 180 μg) induziram respostas imunológicas primária e secundária com produção de anticorpos específicos. Enquanto a dose maior
(400 μg) de ricina apresentou uma resposta primária com elevação dos títulos de anticorpos, seguida de uma supressão da resposta.
Esse perfil é sugestivo de tolerância imunológica. Pela técnica de Western blotting verificou-se que os anticorpos policlonais produzidos
são bastante específicos para a ricina, no entanto, por detectarem ricina na forma nativa e desnaturada não são recomendados para o
monitoramento de ricina em torta de mamona destoxificada por tratamento térmico.



Resumo Inglês:

Ricin is a very toxic protein found in castor bean plants, making it impossible to use natural castor cake as animal food. The
detoxificated castor cake needs to be analyzed by methods that ensure the absence of traces of this protein. This work had the
objective to produce and to evaluate the sensitivity and specificity of anti-ricin polyclonal antibodies, to be employed as component
of sorologic methods as the ELISA in the detection of ricin in detoxificated castor cake. Three doses of protein, 400, 180 and 100 μg
were evaluated each one injected twice into rabbit, with one half in the begin of the experiment and the other half after 21 days of
immunization. The ELISA method indicated that the lower doses (100 e 180 μg) induced primary and secondary immunological
response with production of specific antibodies, while the higher dose of ricin (400 μg) showed a primary response with increase of
the antibody titre, followed of immunological suppression. This profile suggests immunological tolerance. By Western blotting
technique it was verified that polyclonal antibodies are too specific to ricin, however, they detected ricin in native and denaturated
form and are not recommended for the monitoring of ricin in detoxificated castor bean cake by heat treatment.