Prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária em adolescentes escolares do sexo feminino.

Revista Paulista De Pediatria

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ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária em adolescentes escolares do sexo feminino.

Ano: 2014 | Volume: 32 | Número: 2
Autores: A. S. Lima, R. C. Araújo, M. R. Gomes, L. R. Almeida, G. F. Souza, S. B. Cunha, A. C. Pitangui
Autor Correspondente: A. C. Pitangui | [email protected]

Palavras-chave: cefaleia; adolescente; atividades cotidianas; dor; puberdade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO:
Determinar a prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária (AVD) em adolescentes escolares do sexo feminino.
MÉTODOS:
Estudo descritivo transversal realizado com 228 adolescentes do sexo feminino matriculadas em uma escola pública do município de Petrolina, PE, com idades de dez a 19 anos. Empregou-se um questionário estruturado autoaplicado com questões acerca dos dados sociodemográficos, ocorrência de cefaleia e suas características. Classificaram-se as cefaleias segundo os critérios da Sociedade Internacional de Cefaleia. Utilizou-se o teste do qui-quadrado para verificar possíveis associações e adotou-se um nível de significância de p<0,05.
RESULTADOS:
Após a exclusão de 24 questionários devido ao não preenchimento dos critérios de inclusão, analisaram-se 204 questionários. A idade média das adolescentes foi de 14,0±1,4 anos. A prevalência de cefaleia foi de 87,7%. Das adolescentes com cefaleia, 0,5% apresentaram migrânea sem aura menstrual pura; 6,7%, migrânea sem aura relacionada à menstruação; 1,6%, migrânea sem aura não relacionada à menstruação; 11,7%, cefaleia tensional e 79,3%, outras cefaleias. Encontraram-se associações significativas entre intensidade da dor e as variáveis: absenteísmo (p=0,001); interferência nas AVD (p<0,001); uso de medicamentos (p<0,001); idade (p=0,045) e procura médica (p<0,022).
CONCLUSÕES:
A prevalência de cefaleia verificada neste estudo foi elevada nas adolescentes, com impacto negativo sobre as AVD e a vida escolar.