O presente artigo tem como objetivo refletir acerca da categoria trabalho na sociedade capitalista, visando explicitar as suas dimensões contraditórias. O texto foi elaborado a partir do Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Serviço Social, da Universidade Federal do Pampa, em 2017. Parte-se do seguinte questionamento: Como se configura o processo de precarização do trabalho na sociedade contemporânea? A fim de atender o objetivo proposto o estudo foi fundamentado na teoria social crítica de vertente Marxiana, mediante levantamento bibliográfico. Nesta perspectiva, pretende-se contribuir com subsídios que fortaleçam os debates sobre essa temática e com os processos de resistências da classe trabalhadora. Entende-se que a partir do desenvolvimento do modo de produção capitalista instauram-se processos que buscam a regularizar a dinâmica produtiva do capital, os quais implicam em incrementar a produção material por meio de modelos de gestão do trabalho que atenda a expansão do capital. Logo, para aprofundar tais temáticas o estudo abordará: a) o trabalho e seu significado histórico-ontológico; b) o contexto histórico que envolve o trabalho escravo ao trabalho livre assalariado; c) a transição do fordismo/taylorismo para Acumulação Flexível/Toyotismo e os processos de precarização do trabalho. Ao final do estudo evidenciaram-se as múltiplas contradições que eclodiram sob a lógica do mercado, o que causa sérios rebatimentos no mundo do trabalho. Resulta-se daí a precarização do trabalho materializada na exploração da força de trabalho, expropriação da mais-valia, reproduzindo as relações sociais do modo de produção capitalista a fim de atender a lógica do mercado.