A efetivação da educação inclusiva no Brasil, pautada pelo princípio da igualdade, enfrenta desa-fios significativos entre o discurso legal e a prática escolar cotidiana. Embora documentos como a Constituição Federal de 1988 e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Edu-cação Inclusiva (2008) consolidem o direito de todos à educação, a realidade escolar ainda revela barreiras físicas, pedagógicas e culturais que comprometem a inclusão plena. As práticas pedagó-gicas inclusivas exigem a revisão de currículos, a flexibilização dos métodos de ensino, a adoção de tecnologias assistivas e a promoção de ambientes escolares que valorizem a diversidade. A formação continuada dos docentes surge como elemento central nesse processo, capacitando-os para enfrentar as demandas da educação inclusiva de maneira crítica e inovadora. A gestão escolar inclusiva, o envolvimento das famílias e a atuação intersetorial são também apontados como fatores indispensáveis para o fortalecimento da cultura da inclusão. A análise evidencia que superar a dis-tância entre o princípio da igualdade e a realidade escolar requer investimento público consistente, mudança cultural e compromisso ético com a educação como direito humano fundamental. Assim, a construção de práticas pedagógicas inclusivas configura-se não apenas como uma exigência legal, mas como uma escolha ética em favor de uma escola mais democrática e de uma sociedade mais justa.
