O Sistema Único de Saúde (SUS) tem reorientado as estratégias de cuidado na saúde e as estratégias de formação dos profissionais de saúde no paÃs. Neste aspecto, a educação permanente em saúde (EPS) tem ocupado um papel de grande relevância, já que insere o profissional num aprendizado dinâmico e contÃnuo, tanto na sua formação, quanto na sua prática, constituindo uma estratégia fundamental à s transformações do trabalho para uma atuação crÃtica, reflexiva, propositiva, compromissada e tecnicamente competente. Assim, o Internato é um espaço privilegiado da prática médica e propÃcio para a realização de estratégias de EPS. Nele os preceptores/supervisores têm a oportunidade de promover e potencializar o aprendizado dos estudantes. Este estudo teve como objetivo investigar a prática do supervisor e preceptor durante o acompanhamento dos estagiários, no internato hospitalar de medicina. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, baseado na aplicação de um questionário junto a 14 preceptores/supervisores do estágio hospitalar obrigatório do Curso de Medicina de uma Universidade Pública de Alagoas. Os resultados mostram que preceptores/supervisores tem mais de 20 anos de graduação, poucos têm formação especÃfica para a docência em saúde e dedicam de 13 a 24 horas semanais à esta função. A maioria realiza atividades que envolvem, predominantemente, os trabalhos isolados entre preceptor/supervisor e aluno, e entre o preceptor/supervisor, aluno e paciente/usuário fora do contexto interdisciplinar e interprofissional. As conclusões do estudo revelam que é necessário investimento em uma prática pedagógica mais problematizadora e significativa capaz de provocar nestes docentes e, consequentemente, nos estudantes, novas reflexões, novos caminhos, novos sentidos para uma educação interprofissional e o exercÃcio da EPS.