Povos originários entre a língua do direito e o direito à língua

Línguas e Instrumentos Linguísticos

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ISSN: 2674-7375
Editor Chefe: Greciely Cristina da Costa
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

Povos originários entre a língua do direito e o direito à língua

Ano: 2022 | Volume: 25 | Número: Especial
Autores: Souza, Tania Conceição Clemente de
Autor Correspondente: Souza, Tania Conceição Clemente de | [email protected]

Palavras-chave: Língua do direito, Direito à língua, Confrontos e forma-sujeito histórica, Identidade etno-discursiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O trabalho tem como objetivo discutir as formas como as línguas originárias vêm sendo silenciadas, e, por consequência, muitos são os direitos negados aos povos indígenas, quando critérios oficiais de identificação atrelam o sujeito ao domínio de uma língua nativa. Muitos são os fatores que contribuem ao silenciamento: a classificação por especialistas das línguas originárias; a análise in vitro dessas línguas, quando se apaga, ou se incompreende sua materialidade enquanto línguas de oralidade e as transformam em “línguas metálicas”. Buscamos, por fim, entender o funcionamento da língua do direito e a negação do direito à língua. A partir da Análise de Discurso, adotamos como principais pressupostos a noção de formas do silêncio (ORLANDI, 1992), a noção da língua de Marte (GADET e PÊCHEUX, 2002) e a constituição da forma-sujeito e o conceito de identidade etno-discursiva (SOUZA, 2020).



Resumo Inglês:

Our paper takes as objective to discuss the ways in which native languages have been silenced, and, consequently, many rights denied to indigenous peoples, when official identification criteria link the subject to the mastery of a native language. Many are the factors that contribute to the silencing: the classification by specialists of the original languages; the in vitro analysis of these languages, when their materiality as orality languages is erased or misunderstood and transformed into "metallic languages". Finally, we seek to understand the functioning of the language of law and the denial of the right to language. From Discourse Analysis, we adopt as main assumptions the notion of forms of silence (ORLANDI, 1992), the notion of the language of Mars (GADET and PÊCHEUX, 2002) and the constitution of the subject-form and the concept of ethno-discursive identity (SOUZA, 2020).