Este artigo investiga o potencial de um grêmio mirim como ferramenta efetiva de inclusão no ambiente escolar, com ênfase na Educação Fundamental I. O estudo tem como objetivo principal analisar o grêmio mirim enquanto espaço democrático de escuta ativa, protagonismo infantil e exercício da cidadania desde a infância. Utiliza-se uma abordagem qualitativa, com metodologia bibliográfica, baseada em autores como Freire (1996), Mantoan (2003), Ariès (1981), Paro (2001), Corsaro (2011), entre outros, e documentos oficiais como a BNCC, ECA e a Convenção dos Direitos da Criança. Parte-se da hipótese de que a inclusão real exige não apenas acesso e permanência, mas, sobre-tudo, escuta, diálogo e reconhecimento da criança como sujeito histórico e político. Os resultados apontam que o grêmio mirim promove uma inclusão concreta, pois contribui para o desenvolvimento da autonomia, senso crítico, responsabilidade e vínculo escolar. Além disso, amplia a sensibilidade da equipe escolar frente à diversidade e fortalece práticas de gestão democrática. O artigo conclui que o grêmio mirim deve ser valorizado como uma estratégia formativa, política e ética, sendo uma prática que contribui significativamente para a construção de uma escola pública inclusiva, justa e sensível às vozes infantis.
