Ponderações sobre o uso da categoria trauma nos estudos africanos: Freud e as perspectivas pós-coloniais

Manduarisawa

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Ponderações sobre o uso da categoria trauma nos estudos africanos: Freud e as perspectivas pós-coloniais

Ano: 2022 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Rafael Barbosa de Jesus Santana
Autor Correspondente: Rafael Barbosa de Jesus Santana | [email protected]

Palavras-chave: África, trauma, teoria, história global, trauma pós-colonial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca analisar, a partir de um ponto de vista teórico, as potencialidades e defasagens do conceito de trauma quando se trata do campo de estudos africanos. O artigo percorre as proposições de Sigmund Freud e as recentes críticas de pesquisadores(as) das ciências sociais e humanas partindo do que tem sido chamada de teoria do trauma pós-colonial. As ponderações são realizadas em diálogo com a metodologia da história global, a qual mostrou-se adequada ao presente escrito como uma perspectiva interpretativa. O artigo aponta que o uso inconsequente e acrítico de ambas as vertentes teóricas do trauma pode levar o(a) estudioso(a) a essencialismos culturais que muitas vezes luta discursivamente contra e que o supracitado conceito não pode ser reduzido ao binarismo ocidental – oriental, devida à confluência de ideias, teorias e modos de vida no mundo globalizado.



Resumo Inglês:

This article seeks to analyze, from a theoretical point of view, the potentialities and gaps of the concept of trauma when it comes to the field of African studies. The article explores Sigmund Freud's propositions and recent criticisms by researchers in the social and human sciences, starting from what has been called postcolonial trauma theory. The considerations are carried out in dialogue with the methodology of global history, which proved to be adequate for the present writing as an interpretive perspective. The article points out that the inconsequential and uncritical use of both theoretical strands of trauma can lead the scholar to cultural essentialisms that they often discursively struggle against and that the aforementioned concept cannot be reduced to the Western-Oriental binarism, due to the confluence of ideas, theories and ways of life in the globalized world.