POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE ÁLCOOL NO BRASIL E SUA INTEGRAÇÃO COM O SUS

Ano: 2020 | Volume: 5 | Número: 1

Autores: Paula Barros Raizer, Ivan Filipe de Almeida Lopes Fernandes, Heloísa Garcia Claro Fernandes, Nicole Aguilar Gayard

Palavras-chave: Alcoolismo; Políticas Públicas; Percurso do Usuário

Resumo Português:

Este estudo descreve as políticas públicas sobre o uso do álcool e suas consequências na saúde pública, focando na forma em que se dá o atendimento aos alcoolistas no SUS. A OMS aponta que 3,3 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do álcool. Estima-se no Brasil um gasto de 7% do PIB anual com consequências relacionados ao álcool. Por meio da análise da literatura, bem como de documentos oficiais, o estudo analisa a evolução das políticas sobre álcool no Brasil nas últimas décadas e o atendimento ao alcoolista dentro do sistema, que podem ser divididas em duas estratégias: redução de danos e proibicionista. Por conta do custo social relacionado ao uso de álcool e sua prevalência, destaca-se a importância das políticas públicas para o cuidado ao usuário de álcool; os efeitos do alcoolismo e seus desdobramentos e o viés sociológico nas políticas de controle para o uso de álcool. Destaca-se o percurso do alcoolista no SUS por meio do cuidado compartilhado em diferentes serviços da Rede de Atenção Psicossocial, dada a complexidade das necessidades biopsicossociais e a particularidade de suas necessidades individuais. O projeto terapêutico singular busca a reabilitação psicossocial do alcoolista e exige esforços interdisciplinares e intersetoriais parao cuidado integral e humanizado, não obstante as mudanças recentes. Os resultados apontam os danos e os custos sociais e econômicos relacionados ao uso do álcool devem ser reduzidos com políticas capazes de diminuir o consumo e também estratégias que levem a mudança de comportamentos e ambientes prejudiciais.

Resumo Inglês:

This study describes public policies on alcohol use and its consequences on public health, focusing on how alcoholics are cared for in SUS. The WHO points out that 3.3 million people die annually from alcohol. It is estimated an expenditure of 7% of the annual GDP with consequences related to alcohol in Brazil. Through analysis of the literature and official documents, the study analyzes the evolution of alcohol policies in Brazil in recent decades and the assistance to alcoholics, which can be divided into two strategies: harm reduction and prohibitionist. Due to the social cost related to alcohol use and its prevalence, the importance of public policies for the care of alcohol users is highlighted, the effects of alcoholism and its consequences, and the sociological bias in control policies for alcohol use.The alcoholic's path in the SUS stands out through shared care in different Psychosocial Care Network services, given the complexity of the biopsychosocial needs and the particularity of their individual needs. The unique therapeutic project, which seeks the psychosocial rehabilitation of the alcoholic, requires interdisciplinary and intersectoral efforts for comprehensive and humanized care, despite recent changes. The results point out the damage and social and economic costs related to alcohol use that can be reduced with policies capable of reducing consumption and strategies that lead to changing harmful behaviors and environments.

Resumo Espanhol:

Este estudio describe las políticas públicas sobre el consumo de alcohol y sus consecuencias en la salud pública, centrándose en la forma en que se atiende a los alcohólicos en el SUS. La OMS señala que 3,3 millones de personas mueren anualmentea causa del alcohol. En Brasil, se estima un gasto del 7% del PIB anual con consecuencias relacionadas con el alcohol. A través del análisis de la literatura, así como de documentos oficiales, el estudio analiza la evolución de las políticasdealcohol en Brasil en las últimas décadas y la asistencia a los alcohólicos, que se puede dividir en dos estrategias: reducción de daños y prohibicionista. Debido al costo social relacionado con el consumo de alcohol y su prevalencia, se destaca la importancia de las políticas públicas para la atención a los consumidores de alcohol; los efectos del alcoholismo y sus consecuencias y el sesgo sociológico en las políticas de control del consumo de alcohol. La trayectoria del alcohólico en el SUS se destaca a través de la atención compartida en diferentes servicios de la Red de Atención Psicosocial, dada la complejidad de las necesidades biopsicosociales y la particularidad de sus necesidades individuales. El proyecto terapéutico singular, que busca la rehabilitación psicosocial del alcohólico, requiere esfuerzos interdisciplinarios e intersectoriales para una atención integral y humanizada, a pesar de los cambios recientes. Los resultados señalan los daños y costos sociales y económicos relacionados con el consumo de alcohol que pueden reducirse con políticas capaces de reducir el consumo y también estrategias que conduzcan a cambios en los comportamientos y entornos nocivos.