No que diz respeito à educação enquanto elemento que deve promover o desenvolvimento da democracia e da cidadania, algumas questões se fazem muito importantes e urgentes para a sociedade brasileira. Dentre estas está a necessidade do conhecimento e da valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais presentes no país, de forma a possibilitar a alunos e professores perceberem o Brasil como um país complexo e multifacetado. Nesse sentido, propomos discutir neste trabalho, que é fruto de um recorte de um projeto de pesquisa maior em andamento, alguns aspectos relativos à complexa condição linguística do estado do Paraná, mais especificamente a situação das instituições educacionais que recebem o indígena, como a da UEPG – que participa, desde 2002, do Vestibular Indígena do Paraná – no que diz respeito à (não) elaboração e/ou (não) aplicação pelas instituições educacionais de políticas linguísticas que tratem adequadamente o assunto. Nesse sentido, concluímos que, apesar de os documentos oficiais – que norteiam o trabalho dos futuros professores –, e as referências bibliográficas da área apregoarem o ―respeito às diferenças‖, continua existindo uma enorme ―discrepância entre o que se diz e o que se faz efetivamente no curso que forma o professor/pesquisador da área de Letras‖ (CORREA, 2010), de modo que temos tantas dificuldades em lidar com a diversidade quanto os profissionais que nem sequer realizam discussões teóricas sobre o assunto.
We need to know and valorize the ethnic and cultural characters from the different social groups presents in the country, to enable students and teachers realize Brazil as a complex country (CAVALCANTI, 1999; ALTENHOFEN, 2004; OLIVEIRA, 2005, 2009). Thus we propose discuss in this work some relative aspects to the complex linguistic condition from the state of Paraná, more specifically the situation from the educational institutions that receives the Indian, like the Universidade Estadual de Ponta Grossa.