Política e estética em Nietzsche: a experiência estética na crítica nietzschiana das leituras gregas da tragédia

Revista Trágica

Endereço:
Largo de São Francisco, no1, 3o andar, sala 307-A, Centro
Rio de Janeiro / RJ
20051070
Site: http://www.tragica.org
Telefone: (21) 2224-6379
ISSN: 19825870
Editor Chefe: André Martins
Início Publicação: 31/05/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Política e estética em Nietzsche: a experiência estética na crítica nietzschiana das leituras gregas da tragédia

Ano: 2011 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: André Martins
Autor Correspondente: A. Martins | [email protected]

Palavras-chave: tragédia, Platão, Aristóteles, estética, política

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Platão considerava mal os poetas trágicos e não via nada de bom na tragédia, apesar de seu caráter agradável que, entretanto, só faria agravar seu perigo para a educação moral dos cidadãos da República, os afastando da verdade. Assim como Platão, Aristóteles considerava a tragédia como uma arte da imitação; mas ele via nela um meio positivo de educar os cidadãos os iniciando na aprendizagem das formas e, portanto, do verdadeiro. Tanto um crítico do platonismo quanto um entusiasta da tragédia, que ele considerava o mais alto estágio da cultura grega, Nietzsche, em sua análise das leituras filosóficas gregas da tragédia, poupará Platão, que denigre a tragédia, mas não Aristóteles, que a elogia. Por quê? Quais as questões que estão aqui envolvidas? O que ele visava com isso? Nós propomos conhecer os motivos de Nietzsche quanto à aceitação parcial da leitura de Platão, assim como quanto à crítica da leitura de Aristóteles, colocando em evidência o aspecto político da questão e a importância que estas leituras têm para sua própria filosofia.



Resumo Inglês:

Plato didn’t have much regard for the tragic poets and saw nothing good in tragedy, despite its pleasant character. On the contrary, this character would only aggravate its danger to the moral education of the Republic’s citizens, moving them further away from the truth. Like Plato, Aristotle considered tragedy as an imitative art, but he saw in it a positive way to educate citizens, by initiating them in the learning of the forms, and hence, of the truthful. As much a critic of Platonism as an enthusiast of tragedy, which he considered to be the highest stage of Greek culture, in Nietzsche's analysis of the Greek philosophical readings of tragedy he will spare Plato, a denigrator of tragedy, but not Aristotle, who praised it. Why is this so? What questions are involved in this? What was Nietzsche's goal? We propose to investigate Nietzsche’s motives in respect to his partial acceptance of Plato’s reading, as well as to his critique of Aristotle’s reading, highlighting the political aspects of this matter, and the importance that those readings have for his own philosophy.