A política do comum em corpos-territórios caiçaras: uma prática, um porvir e uma afronta à propriedade privada da terra

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ISSN: 16767640
Editor Chefe: Marieta Pinheiro de Carvalho
Início Publicação: 31/05/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

A política do comum em corpos-territórios caiçaras: uma prática, um porvir e uma afronta à propriedade privada da terra

Ano: 2023 | Volume: 22 | Número: 1
Autores: Lucia Cavalieri, Thatiana Duarte Lourival
Autor Correspondente: Lucia Cavalieri | [email protected]

Palavras-chave: território caiçara, Praia Grande da Cajaíba, política dos comuns.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O território da Praia Grande da Cajaíba, situado em Paraty – RJ, sofre um processo de despossessão desde a década de 1960, com a abertura da estrada Rio-Santos. Este artigo discute os usos comuns vividos politicamente pela comunidade caiçara que ali r-existe há muitas gerações desafiando os limites da propriedade privada da terra, fruto de grilagem. Terreiro, território, memória e usos comum são categorias conceituais centrais mobilizadas na compreensão da reprodução da vida, na produção cotidiana de conhecimento e na cartografia das práticas comunais no processo de retomada do território. O artigo discute, ainda, se a posse assume sua força ontológica e epistêmica ao ser entendida como território da comunidade tradicional.



Resumo Inglês:

The territory of Praia Grande da Cajaíba, located in Paraty, RJ, has suffered a dispossession process since the 1960s with the opening of the Rio-Santos road. This article discusses the common uses experienced politically by the caiçara community that has re-existed there for many generations, challenging the limits of private land ownership, the result of land grabbing. Terreiro, territory, memory and common uses are central conceptual categories mobilized in the understanding of the reproduction of life, in the daily production of knowledge and in the cartography of communal practices in the process of reclaiming the territory. The article also discusses whether possession assumes its ontological and epistemic force when understood as the territory of the traditional community.