Pofissionais de Ambulatórios de Saúde Mental: Perfil, práticas e opiniões sobre as políticas

Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health

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ISSN: 1984-2147
Editor Chefe: Walter Ferreira de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Medicina

Pofissionais de Ambulatórios de Saúde Mental: Perfil, práticas e opiniões sobre as políticas

Ano: 2010 | Volume: 2 | Número: 4
Autores: Caroline Clapis Garla, Antonia Regina Ferreira Furegato, Jair Lício Ferreira Santos
Autor Correspondente: Caroline Clapis Garla | [email protected]

Palavras-chave: saúde mental, desinstitucionalização, recursos humanos em saúde, serviços ambulatoriais de saúde, política de saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este projeto tem como referência os conceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, suas metas e diretrizes bem como os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Caracterizar os ambulatórios de saúde mental nas diferentes categorias profissionais de nível superior e sua formação básica, as atividades desenvolvidas pelos profissionais destas equipes e sua opinião sobre as políticas de saúde mental. Pesquisa exploratório-descritiva. Amostra composta por 10 cidades, com mínimo de 20.000 habitantes e Ambulatório de Saúde Mental do Departamento Regional de Saúde (DRS XIII). Questionário semiestruturado para contextualização dos sujeitos, trabalho, políticas, prática e formação. Foram realizadas 78 entrevistas, no período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010. A maioria dos profissionais é do sexo feminino 65 (83%), da categoria médica 12 (15%) e psicológica 38 (49%), 6 (8%) enfermeiros, somente 20 (26%) freqüentaram cursos de especialização em saúde mental, 64% trabalham até 20 horas/semana e 69% têm outro emprego. Há correlação significativa entre formação acadêmica e falta de atendimento junto a grupos de famílias ou a um familiar pelos psicólogos (42% grupo famílias, 33% um familiar) sendo que 29% não atendem famílias, gerando listas de esperas. Os profissionais relatam dificuldade de trabalhar em equipe e elaborar Projetos Terapêuticos para os portadores de transtorno mental, relatam que há rodízio de profissionais, questionam o histórico bem como os conceitos da reforma psiquiátrica desconhecendo as leis que regem a Política Nacional de Saúde Mental.



Resumo Inglês:

This project has the concepts of Brazilian Psychiatric Reform as references, as well as its goals, guidelines and the principles and guidelines of the Unified Health System (SUS). To characterize the mental health outpatient clinics of the DRS XIII (Regional Department of Health), in the different professional categories of higher education and their basic training, the activities developed by the teams’ professionals and their opinions on mental health policies. This is an exploratory and descriptive research. The sample consisted of 10 cities with at least 20,000 inhabitants and Mental Health Outpatient Clinic. The semi-structured questionnaire to identify the subjects, basic training, policies, the activities and opinions. 78 interviews were carried out with higher education professionals, between February 2009 and February 2010. Most professionals are female 65 (83%), physicians 12 (15%) and psychologists 38 (49%), six (8%) nurses, only 20 (26%) attended mental health
specialization courses, 64% work up to 20 hours per week and 69% have another job. There was significant correlation between academic background and lack of care to groups of families or to a family member by psychologists (42% group of families, 33% a family member), of which 24% do not deliver care to families, generating waiting lists. Professionals report difficulty in working in teams and developing Therapeutic Projects for patients with mental disorders, report that there is shift of professionals, question the history and the concepts of the psychiatric reform, do not know the laws governing the National Policy on Mental Health.