POESIA ONDE NÃO TEM – Relatos docentes acerca de oficinas de fotografia realizadas com jovens

Periferia

Endereço:
Rua General Manoel Rabelo, S/N - Vila São Luiz
Duque de Caxias / RJ
25065-050
Site: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/periferia/index
Telefone: (21) 3657-3021
ISSN: 19849540
Editor Chefe: Ivan Amaro e Dilton Ribeiro Couto Junior
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

POESIA ONDE NÃO TEM – Relatos docentes acerca de oficinas de fotografia realizadas com jovens

Ano: 2019 | Volume: 11 | Número: 4
Autores: Thamy Lobo, Marcelo Ferreira Machado
Autor Correspondente: Thamy Lobo | [email protected]

Palavras-chave: fotografia, poesia, comunidade, escola

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente ensaio busca retratar como as imagens/fotografias estão inseridas de modo relevante no cotidiano de diversas pessoas. E que essas pessoas não são apenas consumidoras, elas também produzem, criam e resistem através de um artefato secular: a fotografia. Diversos estudantes de comunidades cariocas foram convidados a participar de um projeto onde precisariam fotografar seus espaços cotidianos numa perspectiva poética e criadora de realidades, onde se tornassem poesias. No primeiro momento, as dificuldades de enxergar beleza foram um limitante no projeto. Viviam em meio ao caos, desordem, violência... difícil perceber potencialidades quando se está sempre à margem. O projeto “Poesia onde não tem” foi uma possibilidade de criações coletivas e individuais que valorizasse os ‘espaçostempos’ vivenciados por esses alunos, mesmo com tantos percalços. Trazer as imagens, tão usadas por esses estudantes, para as salas de aula, proporcionaram conversas acerca do capitalismo, das selfies, do que é belo ou não, das realidades criadas, das vidas que as pessoas levam nas redes sociais e muitas outras coisas. E ainda resultou numa exposição de fotografias incríveis, criadas pelos próprios alunos.



Resumo Inglês:

The present essay seeks to portray how the images / photographs are inserted in a relevant way in the daily life of several people. And that these people are not only consumers, they also produce, create and resist through a secular artifact: photography. Several students from Carioca communities were invited to participate in a project where they needed to photograph their daily spaces in a poetic perspective and creating realities, where they became poetry. In the first moment, the difficulties of seeing beauty were a limitation in the project. They lived in chaos, disorder, violence ... difficult to perceive potentialities when one is always on the sidelines. The project "Poetry where it does not have" was a possibility of collective and individual creations that valued the 'spaces' experienced by these students, even with so many mishaps. Bringing the images, so used by these students to the classrooms, provided conversations about capitalism, selfishness, what is beautiful or not, the realities created, the lives that people take on social networks, and many other things. And it also resulted in an exhibition of incredible photographs, created by the students themselves.



Resumo Espanhol:

El presente ensayo busca retratar cómo las imágenes / fotografías están insertadas de modo relevante en el cotidiano de diversas personas. Y que esas personas no son sólo consumidoras, ellas también producen, crean y resisten a través de un artefacto secular: la fotografía. Diversos estudiantes de comunidades cariocas fueron invitados a participar en un proyecto donde necesitarían fotografiar sus espacios cotidianos en una perspectiva poética y creadora de realidades, donde se convirtieran en poesías. En el primer momento, las dificultades de ver belleza fueron un limitante en el proyecto. Vivían en medio del caos, desorden, violencia ... difícil percibir potencialidades cuando se está siempre al margen. El proyecto "Poesía donde no tiene" fue una posibilidad de creaciones colectivas e individuales que valorara los 'espaciostempos' vivenciados por esos alumnos, aun con tantos percances. Traer las imágenes, tan usadas por esos estudiantes, para las aulas, proporcionaron conversaciones acerca del capitalismo, de las selfies, de lo que es bello o no, de las realidades creadas, de las vidas que las personas llevan en las redes sociales y muchas otras cosas. Y además resultó una exposición de fotografías increíbles, creadas por los propios alumnos.