Pode uma mulher negra existir? Histórias para gente disposta

Revista Apotheke

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ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Pode uma mulher negra existir? Histórias para gente disposta

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: Raquel Santos, Janaina Farias de Souza Ferreira, Vânia Santos
Autor Correspondente: Janaina Farias de Souza Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: escrevivência, arte educação, relações étnico raciais, cruzo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Propomos com este artigo apresentar a costura das narrativas de três mulheres, professoras/educadoras e suas produções de presenças enquanto corpos femininos negros educadores. São relatos que cavam memórias e trazem a urgência em existir e levar este encantamento para suas práticas pedagógicas atravessados pelos cinco sentidos. Histórias estas que se cruzam e podem ser lidas/vividas em vários territórios do nosso país, dentro de qualquer escola, em especial as públicas, onde ainda se concentram corpos à margem dos lugares ditos como de poder. Estas vivências  se cruzam em questões singulares: de que forma corpos negros são vistos em espaços, dito educadores? Como esses corpos territórios criam epistemes a partir de suas vivências e dos encontros? Há espaço para estes encontros na educação? Percorremos nossas travessias acerca das descobertas das pesquisas de mestrado e cruzando nossas histórias pessoais e motivações que nos impulsionam a ainda seguir pela educação, criamos um diálogo com as reflexões e posicionamentos embasadas principalmente pelas teorias de Grada Kilomba, bell hooks e Nilma Lino Gomes, pesquisadoras que também trazem ensinamentos a partir de suas vivências para teorizar e praticar ações antirracistas em espaços de educação formal e não-formal unindo a escrevivência de Conceição Evaristo como lugar fértil de encontro de iguais, entendimento e sistematização de saberes pessoais e coletivos.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to present the narratives of three women teachers/educators and their production of presences as black female educators. These are stories that dig up memories and bring the urgency to exist and take this enchantment to their pedagogical practices crossed by the five senses. These stories intersect and can be read/ lived in various territories of our country, within any school, especially public schools, where bodies are still concentrated at the margins of the places said to be of power. These experiences intersect in singular questions: in what ways are black bodies seen in spaces, called educators? How do these bodies create epistemes from their experiences and encounters? Is there room for these encounters in education? We trawled our way through the findings of our master's research and, crossing our personal stories and the motivations that drove us to continue working in education, we created a dialogue with reflections and positions based mainly on the theories of Grada Kilomba, Bell Hooks, and Nilma Lino Gomes, researchers that also bring teachings from their experiences to theorize and practice anti-racist actions in formal and non-formal education spaces, joining the experience of Conceição Evaristo as a fertile meeting place for equals, understanding and systematization of personal and collective knowledge.