Pobres e Miseráveis? Preconceitos Contra Povos Indígenas na Região do Alto Rio Negro (AM)

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Depto. de Ciências Sociais/Centro de Letras e Ciências Humanas Universidade Estadual de Londrina - Campus Universitário
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Telefone: (43) 3371-4456
ISSN: 2176-6665
Editor Chefe: Raquel Kritsch
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Sociologia

Pobres e Miseráveis? Preconceitos Contra Povos Indígenas na Região do Alto Rio Negro (AM)

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 1
Autores: Franklin Paulo Eduardo da Silva
Autor Correspondente: Franklin Paulo Eduardo da Silva | [email protected]

Palavras-chave: pobreza, indígena, rio negro, amazonas, desenvolvimento

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Resumo Português:

Nos últimos anos, alguns políticos de três níveis de estados federativos, têm frequentado a região do alto Rio Negro em busca de flexibilizar as políticas de movimentos indígenas quanto à questão de exploração mineral em terras indígenas. Em seus discursos usam os termos preconceituosos como ‘mendigos, pobres e miseráveis’ em relação aos povos indígenas que vivem em centro urbano, entorno e nas comunidades dos interiores das terras demarcadas. Como contraponto a estes discursos o artigo busca demostrar que tais termos, assim como os conceitos, não existiam nas línguas nativas da região. O estado de pobreza, mendicidade e miséria não existe nas aldeias indígenas, nem entre aqueles que conseguem se estabelecer profissionalmente nas cidades. Trata-se, no entanto, de uma situação encarada por indígenas que, atraídos pela ideia de terem uma boa vida na cidade, não conseguem superar os inúmeros obstáculos que enfrentam e acabam encarando uma situação social e econômica degradante.