A pintura em pânico, a fotomontagem e a pós-modernidade

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ISSN: 1808-3129
Editor Chefe: Monique Vandresen
Início Publicação: 01/01/2006
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Artes

A pintura em pânico, a fotomontagem e a pós-modernidade

Ano: 2020 | Volume: 15 | Número: Não se aplica
Autores: L. M. M. Oliveira, L. V. B. Páscoa
Autor Correspondente: L. M. M. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Fotografia -Efeitos especiais; Fotomontagem; Lima, Jorge de, 1893-1953

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Observando  as  indicações  de  Erwin  Panofsky  (1955)  sobre  o  modo  pelo  qual  uma  obra  de  arte  pode  ser interpretada, este artigo propõe uma aproximação entre o livro de fotomontagens A pintura em pânico (1943), do poeta Jorge de Lima (1893-1953), e o conceito de pós-modernidade desenvolvido por Gianni Vattimo em A  sociedade  transparente  (1989).  Para  tanto,  contextualiza-se  a  fotomontagem  de  vanguarda  como  uma subversão  do  próprio  princípio  fotográfico  enquanto  análogo  da  realidade,  e  ainda  como  uma  afronta  à pintura enquanto método canônico de composição pictórica. Recorre-se ainda, à aproximação estabelecida por Gianni Vattimo entre os conceitos de shock em Walter Benjamin (1955), e o stoss de Martin Heidegger (1977), para sugerir que a fotomontagem transcendeuo periodo no qual surgiu e funciona como uma espécie de analogia à condição pós-moderna, que é, sobretudo, multiforme.
 



Resumo Inglês:

Observing Erwin Panofsky's (1955) indications about the way to interpret a work of art, this article proposes an  approximation  between  A  pintura  em  pânico  (1943)  photomontages  book,  composed  by  poet  Jorge  de Lima (1893-1953), and the postmodernity’s concept developed by Gianni Vattimo in The transparent society (1989).  To  this  end,  the  avant-garde  photomontage  is  understood  as  a  subversion  of  the  photographic principle itself considered as analogue to reality, and also as a rupture to painting as a pictorial composition’s canonic method. We also resort to the Gianni Vattimo’s established approximation between the concepts of shock  in  Walter  Benjamin  (1955) and Martin Heidegger’s stoss (1977),  in  order  to  suggest  photomontage transcended its period and works as analogue to post modern’s condition, which is, above all, multiform.