Perspectivas da economia solidária em microrregiões do oeste catarinense

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ISSN: 1982-6745
Editor Chefe: Rogério Leandro Lima da Silveira
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral

Perspectivas da economia solidária em microrregiões do oeste catarinense

Ano: 2015 | Volume: 20 | Número: 3
Autores: L. V. P. Siqueira, D. Comerlatto, J. Mai
Autor Correspondente: L. V. P. Siqueira | [email protected]

Palavras-chave: economia solidária, inclusão sócio-produtiva, gestão de empreendimentos solidários

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Como campo de trabalho, a Economia Solidária é alternativa diferenciada para construir possibilidades de geração de renda e inclusão sócio-produtiva. Projetam-se os empreendimentos econômicos solidários como capazes de gerar desenvolvimento com maior valorização do ser humano e do meio ambiente. Este artigo traz uma discussão sobre Economia Solidária no oeste catarinense, com o objetivo de compreender as perspectivas das suas ações, considerando as características de gestão, instituições apoiadoras e desafios políticos operacionais. Apoia-se no método misto de pesquisa, uma vez que permite recortar e mesclar dados de caráter quantitativo e qualitativo, proporcionando maior legitimidade e aperfeiçoamento na compreensão das categorias e variáveis que se expressam em torno do objeto estudado. Utilizou-se da pesquisa de campo na abrangência das microrregiões da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina-Ameosc e Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina-Amosc. Na Ameosc foram pesquisados Empreendimentos Econômicos Solidários-EES e instituições apoiadoras de suas ações e na Amosc, apenas essas instituições. Para a pesquisa de campo, com os sujeitos selecionados (representantes dos empreendimentos e lideranças), utilizou-se da aplicação de formulário e realização de entrevistas. A partir dos dados coletados sob a formalização jurídica, destaca-se a forma de associação, como a mais usual entre os empreendimentos nas duas microrregiões. Entre as atividades produtivas dos empreendimentos, destaca-se a produção de alimentos e de artesanatos. O modo autogestionário adotado nos empreendimentos pesquisados tem propiciado, em especial, a integração entre sócios e a geração complementar de renda. Não obstante, há dificuldades a serem superadas: baixa escolaridade dos trabalhadores; diversificação e diferenciação dos produtos; e, pouco envolvimento dos associados na gestão do empreendimento. Além disso, a dinâmica de gestão dos EES também possui dificuldades político-operacionais a serem superadas: limitada abrangência comercial e participação em redes; formalização jurídica adequada para ampliar possibilidades comerciais e de investimentos. As instituições de apoio aos empreendimentos solidários são diversas no âmbito da esfera governamental e não governamental, proporcionando acessos à infraestrutura e orientações técnico-gerenciais e de qualificação profissional e política. Os EES, como unidades de trabalho sócio-produtivo, são capazes de gerar processos de participação, auto-gestão e de desenvolvimento regional mais igualitário e sustentável.



Resumo Inglês:

As field of work, the Solidarity Economy is an differentiated alternative to build opportunities for income generation and socio-productive inclusion It is projected on Solidary Economic Enterprises the capable of generating development with greater appreciation of human beings and the environment This article provides a discussion of Solidarity Economy in the west catarinese, with the goal of understanding the prospects of their actions, considering the characteristics of management, supporting institutions and operational policy challenges. It uses the mixed method research, once it allows cut and merge quantitative and qualitative data and providing greater legitimacy and improving the understanding of the categories and variables that are expressed around the object studied. We used the search field in the range of Amosc and Ameosc micro-regions. In Ameosc were surveyed Solidarity Economic Enterprises (SEE) and supporting institutions of their actions and Amosc, only those institutions. For field research with the selected subject (representatives of enterprises and leaders) made use of forms and interviews. As regards the legal formalization, stands out the association’s form, the most common among Solidary Economic Enterprises of tow microregions. Among the productive activities of enterprises, stands out the production of food and handicrafts. The self-managed mode adopted in the surveyed enterprises has provided, in particular, integration between partners and additional income generation. Notwithstanding, there are difficulties to be overcome: low education workers; diversification and product differentiation and, little involvement of members in the management of the enterprise. Furthermore dynamic management of SEE also has political and operational difficulties to be overcome: limited commercial coverage and participation in networks; appropriate legal formalization for expand trade and investment opportunities. Once fortified, are able to promote dialogue for the formulation and implementation of policies from government agencies.
The supporting Institutions of solidarity enterprises are varied within the sphere of government and
non-governmental, providing access to the infrastructure and technical-management guidance and training in professional and policy fields. However, one of the great political and operational
challenges in the field of Solidarity Economy permeates by the lack of legal formalization, which
hamper many enterprises to sell at the state level, once overcome, would resolve the products difficulties of commercialization.