Nosso trabalho diz respeito a um movimento mÃstico esotérico denominado Vale do
Amanhecer. Tal movimento foi fundado por “Tia Neivaâ€, congregando elementos do
catolicismo, espiritismo, das religiões afro-brasileiras e da Nova Era, concentrando-se
em BrasÃlia até os anos 80 e disseminando-se pelo Brasil. Nosso material de campo
provém de pesquisa etnográfica realizada fundamentalmente em templos fora de BrasÃlia,
nas cidades de Recife, Olinda, São Lourenço da Mata e Maceió. Neste movimento, o
processo iniciático pressupõe um longo aprendizado, não apenas no plano linguÃstico
e visual como também corporal. Neste sentido, a identidade dos sujeitos envolvidos
passa por uma experiência essencialmente corpórea e emocional, por um intenso processo
de aprendizagem e experimentação. Ao inserirmos tal movimento teoricamente
na perspectiva da Nova Era, nos contrapomos a alguns autores como Magnani (1999,
2000), Amaral (1999, 2000, 2003), que colocam que na Nova Era mais irá importar
a pluralidade de experiências que suas profundidades, uma vez que a aprendizagem
corporal que demanda o Vale do Amanhecer, em especial para aqueles adeptos que se
denominam “aparásâ€, no caso os responsáveis pela incorporação mediúnica, pressupõe
uma imersão profunda. Vamos nos deter neste momento sobre a mediunidade do apará,
analisando como sua identidade religiosa se configura a partir da experiência corpórea,
em especial por intermédio da performance que situa o sujeito no espaço social. Vamos
nos apoiar teoricamente nos escritos de Bourdieu para pensar tal engrenagem.
Palavras-chave: Vale do Amanhecer; Nova Era; Corpo; Performance.
Performance, Body and Identity: religious submergence
in the “Vale do Amanhecer
Abstract
Our work relates to an esoteric mystical movement called Vale do Amanhecer. This
movement was founded by “Tia Neivaâ€, bringing together elements of Catholicism,
spiritism, the African-Brazilian religions and New Age, focusing in Brasilia until 80
and spreading throughout Brazil. Our field material comes from ethnographic research
conducted mainly in temples outside of Brasilia, in Recife, Olinda, São Lourenço da
Mata and Maceió. In this movement the initiation process requires a long apprenticeship,
not only on the linguistic and visual as well as body. In this sense the identity of those
involved goes through a bodily and emotional experience primarily through an intense
process of learning and experimentation. By inserting such a move theoretically in a
New Age perspective, we compare us to some authors as Magnani (1999, 2000), Amaral
(1999, 2000, 2003), which put it in the New Age will import more of the plurality of
experiences that its depths, since learning that requires the body Vale do Amanhecer,
especially for those fans who call themselves “chips†in case those responsible for the
incorporation psychic, requires a deep immersion. We currently hold about mediumship
of trim, analyzing how their religious identity is shaped from the bodily experience,
in particular through the performance that situates the subject in social space. We will
rely on the theoretical writings of Bourdieu to think such gear.
Keywords: Vale do Amanhecer, New Age; Body, Performance.
Performance, cuerpo e identidad: la inmersión religiosa
en el “Vale do Amanhecerâ€
Resumen
Nuestro trabajo se refiere a un movimiento esotérico mÃstico llamado Vale do Amanhecer.
Este movimiento fue fundado por “TÃa Neivaâ€, que reúne elementos del catolicismo, el
espiritismo, las religiones afro-brasileñas y Nueva Era, centrándose en Brasilia hasta el
80 y difundido en todo Brasil. Nuestro material de campo proviene de la investigación
etnográfica realizada principalmente en templos fuera de BrasÃlia, en Recife, Olinda, São
Lourenço da Mata y Maceió. En este movimiento el proceso de iniciación requiere un
largo aprendizaje, no sólo en el cuerpo lingüÃstico y visual, asà como también corporal.
En este sentido, la identidad de los implicados pasa por una experiencia corporal y emocional,
principalmente a través de un intenso proceso de aprendizaje y experimentación.
Mediante la inserción de tal medida teóricamente en una perspectiva de la Nueva Era, se
compara con algunos autores como Magnani (1999, 2000), Amaral (1999, 2000, 2003),
que lo puso en la Nueva Era va a importar más de la pluralidad de experiencias que sus
profundidades, ya que el aprendizaje que requiere el cuerpo Vale do Amanhecer, especialmente
para aquellos aficionados que se llaman “papas†en el caso de los responsables de la
constitución psÃquica, requiere una profunda inmersión. Nos detenemos en la mediunidad
de asiento, analizando cómo su identidad religiosa se forma de la experiencia corporal, en
particular a través de la actuación que sitúa al sujeto en el espacio social. Nos basaremos
en los escritos teóricos de Bourdieu para pensar tales artes.
Palabras clave: Valle del Amanecer, Nueva Era, Cuerpo; Performance.