Percutaneous nephrostomy in cervical cancer patients: a retrospective analysis
Brazilian Journal of Oncology
Percutaneous nephrostomy in cervical cancer patients: a retrospective analysis
Autor Correspondente: Deborah Pinagé Alves de Lima | [email protected]
Palavras-chave: Uterine cervical neoplasms; Hydronephrosis, Ureteral obstruction; Urinary diversion; Nephrostomy, Percutaneous
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
OBJETIVOS: Avaliar a evolução de pacientes com carcinoma cervical submetidos à nefrostomia percutânea por obstrução ureteral maligna.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo com dados obtidos de prontuários de pacientes diagnosticados com carcinoma cervical com disfunção renal (AKIN = estágio 2) submetidos à nefrostomia percutânea por uropatia obstrutiva maligna entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020, em um hospital terciário em Recife, Brasil.
RESULTADOS: Avaliamos 31 pacientes submetidos à nefrostomia percutânea. A idade média foi de 50 anos, e a maioria das mulheres não eram brancas com ensino fundamental. Vinte e um pacientes necessitaram de hemodiálise antes do procedimento, e 61,9% deles recuperaram a função renal após a nefrostomia. Sangramento e deslocamento do tubo de nefrostomia foram as principais causas de complicações nos primeiros 30 dias (69%). A sobrevida global mediana após o procedimento foi de 8,7 meses. A sobrevida foi significativamente pior em pacientes com anemia, escala de desempenho ECOG = 2 (p=0,04), diálise pré-nefrostomia (p=0,01) e não recuperação da função renal após nefrostomia percutânea.
CONCLUSÕES: A realização da derivação urinária por nefrostomia percutânea parece oferecer maiores benefícios em pacientes com melhor funcionalidade. Dada a morbidade e as complicações inerentes à nefrostomia percutânea, o perfil dos pacientes que mais se beneficiam com o procedimento permanece incerto. O encaminhamento para o procedimento deve ser individualizado e levar em consideração o desejo do paciente, as perspectivas de tratamento e a funcionalidade.
Resumo Inglês:
OBJECTIVES: To evaluate the outcome of patients with cervical carcinoma submitted to percutaneous nephrostomy due to malignant ureteral obstruction.
MATERIAL AND METHODS: Retrospective cohort study with data obtained from medical records of patients diagnosed with cervical carcinoma with renal dysfunction (AKIN = stage 2) undergoing PCN for malignant obstructive uropathy between January 2019 and December 2020 at a tertiary hospital in Recife, Brazil.
RESULTS: We evaluated 31 patients submitted to percutaneous nephrostomy. Median age was 50 years, and the majority of women were non-white with an elementary education. Twenty-one patients required hemodialysis before the procedure, and 61.9% of them recovered renal function after nephrostomy. Bleeding and nephrostomytube displacement were the leading causes of complications in the first 30 days (69%). Median overall survival after the procedure was 8.7 months. Survival was significantly worse in patients with anemia, ECOG performance status = 2 (p=0.04), pre-nephrostomy dialysis (p=0.01), and not recovery of renal function after PCN.
CONCLUSIONS: Performing urinary diversion through percutaneous nephrostomy seems to offer greater benefits in patients with better functionality. Given the morbidity and complications inherent to percutaneous nephrostomy, the profile of patients who benefit most from the procedureremains unclear. Referrals for the procedure must be individualized and consider the patient's desire, treatment perspectives, and functionality.
