PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS ACERCA DA MORTE DE PACIENTES NO CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança

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ISSN: 23177160
Editor Chefe: Ana Lima Dantas
Início Publicação: 30/07/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS ACERCA DA MORTE DE PACIENTES NO CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Ano: 2018 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Caram, C., Rezende, L., Montenegro, L., Afonso, L., Peixoto, T., & Brito, M. J.
Autor Correspondente: Lilian Cristina Rezende | [email protected]

Palavras-chave: Enfermagem., Equipe de Assistência ao Paciente., Unidade de Terapia Intensiva., Atitude frente à morte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O trabalho realizado no setor saúde é caracterizado pelo encontro entre profissionais de diferentes categorias, usuários e familiares, entrelaçando saberes e fazeres direcionados para a produção do cuidado. Configura-se, dessa forma, um trabalho essencial para a vida humana, sendo um trabalho da esfera da produção não material, que se completa no ato de sua realização. Neste contexto, os profissionais se deparam com situações que envolvem a morte, as quais constituem um elemento gerador de atitudes individuais e sociais que podem condicionar o processo vital e interferir no desempenho profissional. Diante disso, o objetivo desse estudo foi compreender a percepção dos profissionais de saúde acerca da morte dos pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa realizado em um Hospital Universitário no Estado de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado realizada com profissionais da saúde que atuam na Unidade de Terapia Intensiva e também por observação não participante. Os dados foram submetidos à técnica de Análise de Conteúdo. Alguns fatores foram indicativos que a equipe de saúde vivencia o sofrimento perante a morte dos pacientes: lidar com a morte, a empatia, a não concretização do trabalho expressa pela morte, o sentimento de frustração diante da morte. O sofrimento advém, muitas vezes, da formação profissional em saúde que fortalece a lógica de um modelo de saúde curativista, fazendo com que os profissionais busquem realizar suas atividades a favor da vida do paciente, o que torna difícil lidar com a morte. Além disso, também foi possível observar que a instituição não abre espaços de discussão a respeito desse assunto, bem como a equipe de saúde não está preparada para a escuta dos seus pares.



Resumo Espanhol:

The work performed in the health sector is characterized by the encounter between professionals of different categories, users and family members, interweaving knowledge and practices directed to the production of care. Thus, it constitutes an essential work for human life, being a work in the sphere of non-material production, which is completed in the act of its realization. In this context, professionals are faced with situations that involve death, which constitute a generating element of individual and social attitudes that can condition the vital process and interfere with professional performance. Given this, the objective of this study was to understand the perception of health professionals about the death of patients in an Intensive Care Unit. This is a qualitative approach study conducted at a University Hospital in the state of Minas Gerais. Data collection occurred through interviews with semi-structured script conducted with health professionals who work in the Intensive Care Unit and also by non-participant observation. The data were submitted to the Content Analysis technique. Some factors were indicative that the health team experiences suffering in the face of patients' death: dealing with death, empathy, failure to perform the work expressed by death, the feeling of frustration at death. Suffering often comes from professional health education that strengthens the logic of a curative health model, making professionals seek to perform their activities in favor of the patient's life, which makes it difficult to deal with death. In addition, it was also possible to observe that the institution does not open spaces for discussion on this subject, as well as the health team is not prepared to listen to their peers.