PENSANDO A ADAPTAÇÃO DE INTÉRPRETES EM UM ECOSSISTEMA CULTURAL NO ALÉM-MAR: REFLEXÕES INICIAIS

Revista de Letras

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ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

PENSANDO A ADAPTAÇÃO DE INTÉRPRETES EM UM ECOSSISTEMA CULTURAL NO ALÉM-MAR: REFLEXÕES INICIAIS

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 37
Autores: Wesley Alves de Araújo
Autor Correspondente: Wesley Alves de Araújo | [email protected]

Palavras-chave: Ecossistema cultural. Intérpretes. Cultura material. Cultura imaterial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho busca observar de forma holística como se deu o contato entre europeus e nativos durante os séculos XVI e XVII, utilizando para este fim exemplos de duas situações distintas da relação colonizador-colônia. A primeira diz respeito ao contato entre intérpretes franceses e os índios tupinambás no Rio de Janeiro durante o século XVI, no contexto da colônia chamada França Antártica, estabelecida na Baía de Guanabara. A segunda situação tem seu início ainda no século XVI, e se estende até o final do século XVII, e tem como recorte os contatos culturais estabelecidos entre portugueses e nativos do chamado Royaume de Barre , atual Gâmbia, na África. Utilizaremos como base metodológica o conceito de Ecossistema Cultural apresentado por Couto (2018). Tal conceito nos permitirá observar os resultados dos contatos culturais a partir de uma visão ecológica de mundo (VEM), que nos auxiliará no entendimento de fatos ocorridos nas situações que serão aqui apresentadas. Desta maneira, a discussão que será aberta terá como principal objetivo um aprofundamento do olhar sobre as diversas formas em que se deu o contato entre indivíduos pertencentes a determinado ecossistema cultural, e que eram inseridos em outro, seja de forma forçada, seja voluntariamente. Como consequência direta desses contatos, ganha destaque a necessidade de uma adaptação ao meio , que era imposta aos indivíduos que tinham como função o intermédio entre navegadores europeus e os nativos, sempre em atos de negociação uns com os outros. Essas negociações tornaram o intermédio linguístico inegavelmente essencial, tanto na América quanto na África, o que culminou na relação próxima entre os nativos das colônias e os indivíduos a quem era legado o papel de intermediário.