Para além da ausência: a configuração do tempo em Caderno de um ausente, de João Anzanello Carrascoza

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Para além da ausência: a configuração do tempo em Caderno de um ausente, de João Anzanello Carrascoza

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 26
Autores: Eliza da Silva Martins Peron, Kelcilene Grácia-Rodrigues
Autor Correspondente: E. da S. M. Peron, K. Grácia-Rodrigues | [email protected]

Palavras-chave: arquitetura narrativa, jogo temporal, memória, fragmentação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em Caderno de um ausente, de João Anzanello Carrascoza (2014), o jogo entre o presente, o passado e o futuro é habilmente construído na narrativa dando a impressão de simultaneidade e continuidade. A perspectiva de um eterno retorno se instaura no romance não como demarcação cíclica, mas como responsável pelas nuances da vida que lhe dão sentido, completa e preenche as lacunas e explode nos instantes absorvidos pelas personagens. O presente artigo tem como propósito analisar os artifícios literários usados por Carrascoza na configuração do tempo em Caderno de um ausente. Para tanto, utilizaremos como aporte teórico, sobre a categoria temporal, os conceitos de Mendilow (1970) e Pouillon (1974), e sobre a memória a reflexão de Lejeune (2008).



Resumo Inglês:

The game among present, past and future is cleverly built in the narrative Caderno de um ausente (Notebook of an absent) of João Anzanello Carrascoza (2014), that give us the impression of simultaneity and continuity. The perspective of an eternal return is establish in the romance not as a cyclical demarcation, but as responsible for the nuances of life which give sense, complete and fill in the gaps, and explode in the moments absorbed by the characters. The purpose of this article is to analyze the literary artifices used by Carrascoza in the time configuration in Caderno de um ausente. Therefore, we will use as theoretical contribution the concepts of Mendilow (1970) and Pouillon (1974), on the temporal category, as well as Lejeune (2008) about the memory and reflection.