PANDEMIA-SINDEMIA COVID19: SISTEMAS NACIONAIS UNIVERSAIS PÚBLICOS DE SAÚDE OU BARBÁRIE

Revista Mouro

Endereço:
Travessa Municipal, 86 - Centro
São Bernardo do Campo / SP
09710-215
Site: https://revista.mouro.com.br/index.php/Revista_Mouro/index
Telefone: (11) 4125-5564
ISSN: 2175-4837
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 02/02/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História

PANDEMIA-SINDEMIA COVID19: SISTEMAS NACIONAIS UNIVERSAIS PÚBLICOS DE SAÚDE OU BARBÁRIE

Ano: 2022 | Volume: 12 | Número: 15
Autores: Alexandre Padilha, Florentino Leônidas
Autor Correspondente: Revista Mouro | [email protected]

Palavras-chave: Pandemia, Covid-19, Sindemia Univesais de Saúde, Direito à Saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Padilha –Ciro Saurius, Monotipia

Este ensaio de opinião apresenta uma reflexão de como a doença causada pelo vírus SARS-COV-2 a COVID-19 não se resume a apenas uma pandemia, mas uma Pansindemia, ou seja, uma situação caracterizada não exclusivamente pela doença respiratória da COVID-19, mas também por outras afecções que são resultados das interações biológicas e sociais que contribuem para piorar o estado de saúde das populações e geram impactos para além dos sanitários e a centralidade de fortalecermos Sistemas Universais Públicos de Saúde. É discutido neste artigo, como as sociedades capitalistas têm influenciado através da agenda neoliberal a desconstrução de políticas públicas, principalmente no setor saúde, o que reduziu a capacidade dos Estados nacionais em responder de modo efetivo a esta Pansindemia. No Brasil, a agenda implantada desde 2016, acarretou na redução do financiamento do SUS, na precarização do trabalho e na redução por parte da classe trabalhadora do seu direito à saúde. Ademais, a agenda internacional de organizações multilaterais tem construído alternativas modestas e tímidas diante do direito à saúde. Recuperamos, na crítica de Marx e na produção teórica por ele inspirada na saúde, de que como o modo de organização da produção e reprodução capitalistas impactam na saúde e de que como, historicamente, a luta da classe trabalhadora foi decisiva para garantir o direito a saúde no marco dos estados que emergem dessas sociedades. Desta forma apontamos para a necessidade que das tensões sociais e de classe que emergem no contexto desta Pansindemia possam reafirmar a importância e prioridade de um novo ciclo de lutas das classes trabalhadoras e populares sustentada no direito universal a saúde e na construção de sistemas públicos universais, e que só assim poderemos superar os riscos e danos da atual Pansidemia.



Resumo Inglês:

Padilha –Ciro Saurius, Monotipia

This article presents a reflection of how the disease caused by the SARS-COV-2 virus to COVID-19 is not just a pandemic, but a pansyndemia, that is, a situation characterized not only by the respiratory disease of COVID-19 , but also by other conditions that are the result of biological and social interactions that contribute to worsening the health status of populations and generate impacts beyond the sanitary and particularly about the necessity  of strengthening Universal Public Health Systems. It is discussed in this article, how  capitalists societies have influenced, through the neoliberal agenda, the deconstruction of public policies, mainly in the health sector, which has reduced the capacity of national states to respond effectively to this Pansyndemia. In Brazil, the agenda implemented since 2016 has resulted in a reduction in SUS funding, in precarious work and in the reduction by the working class of their right to health. Furthermore, the international agenda of multilateral organizations has been building modest and timid alternatives to the right to health. We recover, in Marx's critique and in the health theoretical production inspired by Marx, that how the capitalist production and reproduction mode impacts health and that, historically, the struggle of the working class was decisive in guaranteeing the right to health within the framework of the states that emerge from these societies. Thus, we point to the need that the social and class tensions that emerge in the context of this Pansyndemia can reaffirm the importance and priority of a new cycle of struggles of the working and popular classes based on the universal right to health and in the construction of universal public systems, and that only in this way can we overcome the risks and damages of the current Pansyndemia.