A PAISAGEM VISTA COMO CULTURA, UMA HERANÇA A SER ASSEGURADA AS FUTURAS GERAÇÕES: CONCEITOS, APLICAÇÕES E SUBSÍDIOS A GESTÃO AMBIENTAL

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: 1

Autores: José Antônio de Sousa

Palavras-chave: paisagem cultural, meio ambiente, gestão compartilhada

Resumo Português:

Este artigo tem como objeto de estudo a Paisagem Cultural, onde num primeiro momento procuramos ilustrar os conceitos de paisagem cultural entrelaçada à ciência
geográfica a partir de algumas ideias clássicas de Milton Santos, as recentes discussões
do Patrimônio Natural como do Arquiteto Carlos Fernando Moura Delphim, o Iphan
e a legislação pertinente, no intuito de refletir acerca das políticas de enquadramento
de áreas enquanto Paisagem Cultural, acreditando que oferecem subsídios no gerenciamento da gestão e preservação ambiental. A discussão se faz necessária com a exposição das inter-relações entre cultura, meio ambiente. Na segunda parte discutimos
a lógica da gestão compartilhada, enquanto relação política, ética e de postura cuja
tomada de decisão não poderá dissociar a natureza e a cultura. Subentende-se que a
relação denominada de pacto, cujos mecanismos ocorrem entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada, fruto do processo harmônico no planejamento e construção de políticas sociais, visando integrar e desenvolver a cultura preservacionista.
Porém algumas interfaces são apontadas como problemas de ordem socioeconômica, estrutural, e podem ser vislumbrados a partir dos conflitos sociais
entre preservação e desenvolvimento, do jogo de interesses econômicos, das
relações de poder presentes em nossos dia a dia, entraves originados via sistema econômico capitalista que cria uma cultura dominante em detrimento do
capital cultural, cujos valores simbólicos, biológico, afetivo do meio ambiente e das manifestações culturais presentes, por exemplo, nas paisagens se processam nas interações entre homem e natureza, muitas vezes são desprezados.

Resumo Inglês:

This article has as its object of study the cultural landscape, which at first tried to
illustrate the concepts of cultural landscape intertwined with geographical science from some classical ideas of Milton Santos, recent discussions and the Natural Heritage Architect Carlos Fernando Moura Delphim, Iphan and relevant
legislation in order to reflect on the political framing areas as Cultural Landscape, believing that provide subsidies in managing the management and environmental preservation. The discussion is required with the exposure of the interrelationships between culture, environment. In the second part we discuss the
logic of shared management, while political relations, ethics and attitude which
decision making can not separate nature and culture. It is understood that the relation called pact, whose mechanisms occur between government, civil society
and the private sector, due to the harmonic process in the planning and construction of social policies aiming to integrate and develop the culture preservationist. However, some interfaces are identified as problems in the socioeconomic, structural, and can be glimpsed from the social conflicts between preservation and development of the game of economic interests, power relations present in our day to day
obstacles originated via capitalist economic system which creates a dominant culture
at the expense of cultural capital, whose symbolic values, biological, affective environment and cultural manifestations present, for example, the landscapes are processed in interactions between man and nature, are often neglected. nderstand the intrinsic relationships the fight greenwashing practices and Environmental Education.