OS SUJEITOS QUE NUNCA FORAM HISTÓRICOS – UMA CRÍTICA DO MARXISMO

Revista Internacional Interdisciplinar Interthesis

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ISSN: 18071384
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Início Publicação: 30/06/2004
Periodicidade: Semestral

OS SUJEITOS QUE NUNCA FORAM HISTÓRICOS – UMA CRÍTICA DO MARXISMO

Ano: 2011 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: Anabelle Carrilho da Costa, Silvia Cristina Yannoulas
Autor Correspondente: Anabelle Carrilho da Costa | [email protected]

Palavras-chave: Engenharia, Feminização, Masculinização, Mercado de trabalho, Profissão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O domínio do conhecimento científico é historicamente masculino. Mesmo com a
crescente inserção das mulheres nesse campo, pode-se dizer que a lógica de fazer
ciência ainda está pautada em valores masculinizados. Nosso trabalho pretende
mapear a percepção das engenheiras sobre suas escolhas pelas ciências exatas e
por um campo profissional tradicionalmente masculino, a engenharia. A nossa
hipótese de trabalho inicial afirmava que as escolhas das engenheiras durante sua
trajetória acadêmica e profissional são dificultadas pela forte tendência à
perpetuação da divisão sexual da educação superior, da ciência e do trabalho. O
objetivo principal da pesquisa foi desvendar os argumentos que levam à
naturalização da separação entre cursos de homens e cursos de mulheres, áreas de
trabalho femininas e masculinas ainda que dentro da mesma área do saber ou do
campo profissional. Para tanto, foi realizado estudo qualitativo com entrevistas semiestruturadas
à sete engenheiras de diferentes áreas de uma empresa estatal,sociedade anônima de economia mista, com sede no Distrito Federal, atuante no
serviço público de energia elétrica. Observou-se a perpetuação da divisão sexual
horizontal e vertical da ciência, tecnologia e do trabalho, que se reinventa nas
trajetórias traçadas pelas engenheiras, formando guetos “permitidos” às mulheres,
ainda que dentro da própria engenharia.



Resumo Inglês:

The domain of scientific knowledge is historically male. Even with the increasing
participation of women in this field, we can say that the logic to do science is still
based on male values. This work intends to map the perception of women engineers
about their choices for sciences and for a traditionally professional field -
engineering. Our initial hypothesis of work stated that the choices of women
engineers during their academic and professional path are hampered by the strong
tendency to the perpetuation of the sexual division of higher education, science and
work. The main goal of this research was to unveil the arguments that lead to the
naturalization of separation between men’s and women’s university courses, female
and male work area even within the same knowledge area or professional field. In
order to do so, we conducted a qualitative study with semi-structured interviews
applied to seven women engineers from different areas of a state mixed economy
company based in the Federal District, present in the public service of electrical
energy. We found the perpetuation of horizontal and vertical sexual division of
science, technology and work that reinvent itself in the paths traced by women
engineers, forming ghettos that are “allowed” for women, even within the
engineering.



Resumo Espanhol:

El dominio del conocimiento científico es históricamente masculino. Aún con la
creciente inserción de las mujeres en ese campo, se puede decir que la lógica de
hacer ciencia está todavía pautada en valores masculinos. Nuestro trabajo pretende
mapear la percepción de las ingenieras sobre sus elecciones por las ciencias
exactas y por un campo profesional tradicionalmente masculino, la ingeniería.
Nuestra hipótesis inicial de trabajo afirmaba que las elecciones de las ingenieras
durante su trayectoria académica y profesional son obstaculizadas por la fuerte
tendencia a la perpetuación de la división sexual de la educación superior, de la
ciencia y del trabajo. El objetivo principal de la investigación fue desvelar los
argumentos que llevan a la naturalización de la separación entre cursos de hombres
y cursos de mujeres, áreas de trabajo femeninas y masculinas, aunque dentro de la
misma área del saber o del campo profesional. Para tanto, fue realizado un estudio
cualitativo con entrevistas semi-estructuradas a siete ingenieras de diferentes áreas
de una misma empresa estatal, sociedad anónima de economía mixta, con sede en
el Distrito Federal, activa en la provisión pública de energía eléctrica. Se observó la
perpetuación de la división sexual horizontal y vertical de la ciencia, de la tecnología
y del trabajo, que se reinventa en las trayectorias trazadas por las ingenieras,
formando guetos “autorizados” a las mujeres, en el interior de la propia ingeniería.