Os signos simbólicos-mágicos de Rubem Valentim: Sua presença e significação na tradição Nagô e Encantaria do Ilé Asè Aféfé T’Oyá

Revista Apotheke

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ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Os signos simbólicos-mágicos de Rubem Valentim: Sua presença e significação na tradição Nagô e Encantaria do Ilé Asè Aféfé T’Oyá

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Leticia Gabrieli Paz, Marinilse Netto
Autor Correspondente: Leticia Gabrieli Paz | [email protected]

Palavras-chave: Arte africana, encantaria, nagô, orixás, Rubem Valentim

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os emblemas e objetos de Rubem Valentim transitam entre a arte e a religião compondo um repertório simbólico-mágico em obras de estética geometrizadas que dialogam com a religiosidade afro-brasileira. Impregnado pelo sincretismo popular, o artista em seus deslocamentos compõe um acervo sígnico enraizado no primitivo prospectando temas que são debatidos na arte contemporânea. As experiências e os sentidos do candomblé são observados na ritualística Nagô e encantaria em entrevista realizada com o sacerdote do terreiro Ilê Asè Aféfé T’Oyá. Este estudo percorre as obras de Rubem Valentim estabelecendo relações com as práticas do terreiro e a literatura, apresentando a presença e o significado da tradição e da encantaria em um terreiro localizado na cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Com características singulares, plenos de signos e significados os terreiros se constituem de espaços de preservação, ressignificação e resistência da cultura permitindo a sobrevivência étnica e a continuidade do universo mítico africano. Por sua força e energia transcendentes configuram-se como espaços de luta permanente contra o racismo, a discriminação e a intolerância. A arte no espaço do terreiro carrega identidades e conecta subjetividades.



Resumo Inglês:

Rubem Valentim’s emblems and objects move between art and religion, composing a symbolicmagical repertoire in geometric aesthetic works that dialogue with Afro-Brazilian religiosity. Impregnated by popular syncretism, the artist in his displacements composes a collection of symbols rooted in the primitive, prospecting themes that are debated in contemporary art. The experiences and meanings of candomblé are observed in the Nago ritualistics and encantaria (in English can be defined as supernatural entities, spirits) in an interview with the priest of the Ilê Asè Aféfé t’Oyá temple. This qualitative research goes through the works of Rubem Valentim establishing relationships with the practices of the temple and literature, presenting the existence and the meaning of tradition and encantaria in a temple located in the city of Chapecó, Santa Catarina. With unique characteristics, full of signs and meanings, the temples are spaces of preservation, re-signification, and resistance of culture, allowing ethnic survival and the continuity of the mythical African universe. Because of their transcendent force and energy, they are configured as spaces of permanent struggle against racism, discrimination, and intolerance. The art inside the temple’s space carries identities and connects subjectivities.



Resumo Espanhol:

Los emblemas y objetos de Rubem Valentim transitan entre el arte y la religión conformando un repertorio simbólico-mágico de obras de estética geométrica que dialogan con la religiosidad afro-brasileña. Impregnado por el sincretismo popular, el artista en sus desplazamientos compone una colección sígnica enraizada en lo primitivo prospectando temas que son debatidos en el arte contemporáneo. Las experiencias y los sentidos del candomblé son observados en el ritual Nagó y encantaria [forma de manifestación espiritual y religiosa] en la entrevista realizada al sacerdote del terreiro [templo del Candomblé] Ilê Asè Aféfé t’Oyá. Este estudio recorre las obras de Rubem Valentim estableciendo relaciones con las prácticas del terreiro y la literatura, mostrando la presencia y el significado de la tradición y de la encantaria en un terreiro localizado en la ciudad de Chapecó, en Santa Catarina. Con características singulares, plenos de signos y significados los terreiros están constituidos por espacios de preservación, resignificación y resistencia de la cultura permitiendo la supervivencia étnica y la continuidad del universo mítico africano. Por su fuerza y energía transcendentes se configuran como espacios de lucha permanente contra el racismo, la discriminación y la intolerancia. El arte en el espacio del terreiro carga identidades y conecta subjetividades.