Nas regiões dedicadas à produção de subsistência, desprovidas de recursos suficientes para a compra de cativos em quantidades expressivas, a manutenção da escravidão ocorria, em boa medida, pela reprodução natural dos escravos. Sendo Mariana voltada para a economia interna, os filhos das escravas, cativos ou ingênuos, compunham boa parte das escravarias da localidade. Neste artigo, procuramos traçar o perfil demográfico dessas crianças e suas ocupações produtivas. Nossa análise é balizada pelos inventários post-mortem, escrituras de compra e venda de cativos, matrÃculas de escravos, cartas de alforrias, processos judiciais de disputa de propriedade dessas crianças e processos criminais.