OS ESPAÇOS AUTO-ORGANIZADOS E A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA EXTENSÃO

Revista Extensão em Ação

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ISSN: 2316400X
Editor Chefe: Robéria Rodrigues Lopes
Início Publicação: 31/03/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

OS ESPAÇOS AUTO-ORGANIZADOS E A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA EXTENSÃO

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 16
Autores: Vitória Virna Girão Chaves, Larissa Camurça Vieira
Autor Correspondente: Vitória Virna Girão Chaves | [email protected]

Palavras-chave: plenária de mulheres, espaços auto-organizados, violência simbólica, empoderamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A luta das mulheres pela ocupação dos espaços públicos no Brasil é um compromisso diário que incorpora o combate a uma cultura que viola e inferioriza as mulheres. Na violência contra a mulher há a violência visível, mais perceptível; e a violência simbólica, que consiste na reprodução de discursos e práticas opressoras que legitimam agressões mais graves. A violência simbólica é cotidiana, estando presente em todos os espaços ocupados por mulheres. Seja nas ruas ou na Universidade, nenhuma mulher está livre dos estereótipos e das definições sociais. Assim, o Centro de Assessoria Jurídica Universitária (CAJU), programa ao qual está vinculado o Diálogos para Diversidade, criou a Plenária de Mulheres, um espaço auto-organizado voltado ao combate ao machismo e à violência simbólica no núcleo, partindo da compreensão que o grupo, ainda que se aproxime das pautas feministas, não está isento da lógica patriarcal. Dentre as atividades preparadas estão a cartilha sobre assédio, o Cine Plenária, a campanha virtual pelas mulheres na política, a caixinha contra assédio na universidade e os grupos de estudo internos. O presente trabalho objetiva, então, apresentar as ações de extensão desenvolvidas pela Plenária de Mulheres. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica e a observação participante, relatando as atividades organizadas e a contribuição do espaço para criar um ambiente menos opressor. Conclui-se, então, que os espaços auto-organizados contribuem para o combate às violações dentro dos projetos, além de fomentar ações que se estendam para fora do núcleo, debatendo temas presentes no cotidiano feminino e fortalecendo a luta das mulheres.



Resumo Inglês:

The women fighting for the occupation of public spaces in Brazil is a daily commitment that incorporates the fight against a culture that violates and undermines women. In violence against women there is the visible violence; and the symbolic violence, which consists in the reproduction of discourses and oppressive practices that legitimize more serious aggressions. Symbolic violence is daily, being present in all spaces occupied by women. Whether on the streets or at the university, no woman is free from stereotypes and social definitions. Thus, the University Legal Advisory Center (CAJU), a program to which Dialogues for Diversity is linked, created the Women's Plenary, a self-organized space aimed at combating machismo and symbolic violence in the nucleus, starting from the understanding that the group, even if it comes close to feminist guidelines, is not exempt from patriarchal logic. Among the activities prepared are the booklet on harassment, the Cine Plenary, the virtual campaign for women in politics, the box against harassment in the university and the internal study groups. The present work aims to present the extension actions developed by the Women’s Plenary. Bibliographic research and participant observation are used, reporting on organized activities and the contribution of space to creating a less oppressive environment. It is concluded that self-organized spaces contribute to the fight against violations within the projects, as well as fostering actions that extend outside the nucleus, debating themes present in women's daily life and strengthening the women fighting.