Os emaranhados fios de pertencimento

Revista Mundaú

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ISSN: 2526-3188
Editor Chefe: Silvia Aguiar Carneiro Martins
Início Publicação: 01/12/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Os emaranhados fios de pertencimento

Ano: 2019 | Volume: 0 | Número: 6
Autores: Claudia Fonseca
Autor Correspondente: Claudia Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: Parentesco; Hanseníase; Memória; DNA.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Examinamos, a base de pesquisas etnográficas, os emaranhados de pertencimento mediados por diferentes tecnologias que moldam identidades pessoais, familiares e de grupo. Consideramos em particular um tipo de solidariedade difusa e duradoura que cria laços entre pessoas, mobilizando emoções, afetos e sentimentos morais. Nosso universo empírico se constrói ao redor de um evento crítico - a violação dos direitos humanos de filhos e filhas de pacientes brasileiros de hanseníase que, em meados do século XX, foram internados à força - e o movimento político das vítimas visando reparação. Escolhemos três tecnologias interconectadas - documentos escritos, lembrança e testes de DNA - usadas pelos principais atores para calcular suas conexões “familiares”. Essa abordagem nos permite explorar não apenas a materialidade das percepções, mas também as complexas temporalidades em jogo no processo contínuo e eternamente incompleto de “pertencer”.



Resumo Inglês:

On the basis of ethnographic research, we examine the entanglements of belonging mediated by different technologies that shape personal, family and group identities. We consider in particular a type of diffuse and lasting solidarity that creates bonds between people, mobilizing emotions, affections and moral feelings. Our empirical universe is built around a critical event - the violation of the human rights of the sons and daughters of Brazilian leprosy patients who were forcibly interned in the middle of the 20th century - and the political movement of victims seeking redress. We choose three interconnected technologies - written documents, memories, and DNA tests - used by key actors to calculate their “family”; connections. This approach allows us to explore not only the materiality of perceptions but also the complex temporalities at play in the continuous and eternally incomplete process of belonging.



Resumo Espanhol:

Aquí, basado en encuestas etnográficas de campo, examinamos los hilos de pertenencia mediados por diferentes tecnologías que dan forma a las identidades personales, familiares y grupales. Consideramos en particular un tipo de solidaridad difusa y duradera que crea vínculos entre las personas, movilizando emociones, afectos y sentimientos morales. Nuestro universo empírico se basa en un evento crítico, la violación de los derechos humanos de los hijos e hijas de pacientes brasileños con lepra que fueron internados por la fuerza a mediados del siglo 20, y el movimiento político de las víctimas que buscan reparación. Elegimos tres tecnologías interconectadas (documentos escritos, recuerdos y pruebas de ADN) que utilizan los actores clave para calcular sus conexiones “familiares”. Este enfoque nos permite explorar no solo la materialidad de las percepciones sino también las complejas temporalidades en juego en el proceso continuo y eternamente incompleto de la “pertenencia”.



Resumo Francês:

A la base d’un travail ethnographique de terrain, nous examinons ici les enchevêtrements d’appartenance véhiculés par de différentes technologies qui façonnent l’identité personnelle, familiale et de groupe. Nous considérons en particulier un type de solidarité diffuse et durable qui crée des liens entre des personnes, mobilisant des émotions, des affections et des sentiments moraux. Notre univers empirique est construit autour d’un événement critique - la violation des droits humains des fils et filles de patients lépreux brésiliens internés de force au milieu du XXe siècle - et du mouvement politique des victimes en quête de réparation. Nous avons choisi trois technologies interconnectées - documents écrits, souvenirs et tests ADN - utilisées par les acteurs clés pour calculer leurs connexions « familiales ». Cette approche nous permet d’explorer non seulement la matérialité des perceptions, mais également les temporalités complexes en jeu dans le processus continu et éternellement incomplet de « l’appartenance ».