Os desafios da inserção formal de produtos da agricultura familiar no mercado

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ISSN: 1982-6745
Editor Chefe: Rogério Leandro Lima da Silveira
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral

Os desafios da inserção formal de produtos da agricultura familiar no mercado

Ano: 2018 | Volume: 23 | Número: 1
Autores: D. O. Estevam, G. I. J. Salvaro, V. J. D. Santos
Autor Correspondente: D. O. Estevam | [email protected]

Palavras-chave: produtos artesanais, mercado formal, agricultura familiar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O mercado agroalimentar brasileiro é majoritariamente dominado pelas grandes empresas nacionais e multinacionais que criam barreiras à entrada de produtos advindos da agricultura familiar. Embora, no Brasil, tenha-se um conjunto de políticas públicas de apoio à comercialização da agricultura familiar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que reforçam a produção de alimentos, ao mesmo tempo existe um quadro regulatório restritivo, que exclui parte dos agricultores familiares do mercado. Mesmo assim, o País possui um vasto e diversificado mercado agroalimentar, que se mantém com base em um saber-fazer repassado de geração a geração, valorizado pelos consumidores que buscam produtos diferenciados e saudáveis. O reconhecimento de produtos artesanais não é garantia de facilidades de acesso ao mercado; ao contrário, a valorização aumenta as dificuldades devido às pressões no cumprimento da legislação. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar os desafios enfrentados pelos agricultores familiares para se inserirem formalmente no mercado sul catarinense. O procedimento metodológico adotado nesta pesquisa é a descrição, com base em fontes documentais e entrevistas realizadas com dirigentes de oito cooperativas de agricultores familiares da região sul catarinense. Os resultados obtidos evidenciam que os agricultores têm acessado o mercado formalmente, por intermédio de suas cooperativas, além de produzirem para o autoconsumo e comercializarem seus produtos em mercados tradicionais, institucionais e, parte, informalmente, em domicílios e feiras.



Resumo Inglês:

The Brazilian agri-food market is dominated by large national and multinational companies that create barriers to entry of products from family agriculture. Although the National School Feeding Program (PNAE) and the Food Acquisition Program (PAA), which reinforce food production at the same time, Brazil, as well as the set of public policies to support the commercialization of family agriculture . At the same time there is a restrictive regulatory framework which excludes part of the family farmers from the market. Even so, the country has a vast and diversified agri-food market, which is maintained based on a know-how passed on from generation to value, valued by consumers seeking differentiated and healthy products. The recognition of artisanal products is not a guarantee of easy access to the market; on the contrary, appreciation increases as difficulties due to enforcement pressures. In this sense, the present article aims to analyze the challenges faced by family farmers to formally enter the market in southern Santa Catarina. The methodological procedure adopted in the research is a description, based on documentary sources and interviews conducted with leaders of eight family farmer cooperatives in the southern region of Santa Catarina. The results show that the farmers are accessed through their cooperatives, as well as producing for their own consumption and marketing their products in traditional and institutional markets and, informally, in households and fairs.



Resumo Espanhol:

El mercado agroalimentario brasileño es mayoritariamente dominado por las grandes empresas nacionales y multinacionales que crean barreras a la entrada de productos provenientes de la agricultura familiar. Aunque en Brasil se tiene un conjunto de políticas públicas de apoyo a la comercialización de la agricultura familiar, como el Programa Nacional de Alimentación Escolar (PNAE) y el Programa de Adquisición de Alimentos (PAA), que refuerzan la producción de alimentos, al mismo tiempo existe un marco regulatorio restrictivo, que excluye parte de los agricultores familiares del mercado. Sin embargo, el país posee un vasto y diversificado mercado agroalimentario, que se mantiene con base en un saber hacer repasado de generación a generación, valorado por los consumidores que buscan productos diferenciados y saludables. El reconocimiento de productos artesanales no es garantía de facilidades de acceso al mercado; por el contrario, la valorización aumenta las dificultades debido a las presiones en el cumplimiento de la legislación. En este sentido, el presente artículo tiene como objetivo analizar los desafíos enfrentados por los agricultores familiares para insertarse formalmente en el mercado sur catarinense. El procedimiento metodológico adoptado en esta investigación es la descripción, con base en fuentes documentales y entrevistas realizadas con dirigentes de ocho cooperativas de agricultores familiares de la región sur catarinense. Los resultados obtenidos evidencian que los agricultores han accedido al mercado formalmente, a través de sus cooperativas, además de producir para el autoconsumo y comercializar sus productos en mercados tradicionales, institucionales y, una parte, informalmente, en domicilios y ferias.