Os bandeirantes ainda estão entre nós: reencarnações entre tempos, espaços e imagens

Ponto Urbe

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ISSN: 19813341
Editor Chefe: Profª. Drª. Silvana de Souza Nascimento
Início Publicação: 06/08/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia

Os bandeirantes ainda estão entre nós: reencarnações entre tempos, espaços e imagens

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 25
Autores: Thais Chang Waldman
Autor Correspondente: Thais Chang Waldman | [email protected]

Palavras-chave: memória e imaginário urbano, monumentos públicos, são paulo, borba gato, julio guerra

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Acompanhar as flutuações e os percursos bandeirantes na cidade de São Paulo significa balizar os usos que pessoas e grupos fazem desse personagem para dar sentido a suas experiências em momentos e lugares específicos. Produzido no interior de uma teia de práticas e discursos, o bandeirante não é uma categoria fixa, tampouco tem seu significado dado de antemão. Para além de figura histórica do período colonial brasileiro, trata-se da invenção de uma metrópole que ele mesmo ajuda a produzir, numa operação na qual sobrepõe, cruza, destrói e reinventa discursos, atitudes e miradas, muitas vezes contraditórias. Sensível às transformações da cidade, ele comenta as mudanças urbanas e lhes confere sentido, engendrando-as e produzindo-as. Atenta às reelaborações locais e às tantas historicidades nele impregnadas, sigo neste artigo os itinerários de algumas figurações desse personagem que, ao se recriar no tempo e com o tempo, condensa e articula diferentes embates, temporalidades e sentidos.



Resumo Inglês:

Accompanying the moves and paths of the Bandeirantes in the city of São Paulo means surveying the uses that peoples and groups make of these characters in order to bestow meaning on their experiences at specific moments and in specific places. Produced within a web of practices and discourses, the Bandeirantes are not a set category, nor is their meaning pre-established. More than historical figures from the colonial period in Brazil, they are an invention of a metropolis that they themselves helped to produce in an operation in which sayings, attitudes and views, often times contradictory, are overlapped, intersected, destroyed and reinvented. Sensitive to the city’s transformations, the Bandeirantes comment on urban changes and confers meaning upon them, engendering and producing them. Mindful of local redevelopments and the many historicities imbued in these characters, I follow some figurations of the Bandeirantes, which, through their self-reinvention in time and with time, embody and convey a series of conflicts, temporalities and meanings.