Os arquivos como agentes de memória: os relatórios anuais do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre

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ISSN: 1808-5245
Editor Chefe: Samile Andréa de Souza Vanz
Início Publicação: 01/01/1986
Periodicidade: Quinzenal
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Ciência da informação

Os arquivos como agentes de memória: os relatórios anuais do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre

Ano: 2022 | Volume: 28 | Número: 4
Autores: Roberta Pinto Medeiros
Autor Correspondente: Roberta Pinto Medeiros | [email protected]

Palavras-chave: movimentos sociais, Movimento de Justiça e Direitos Humanos, memória, arquivos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta deste artigo é discutir os relatórios de atividades anuais do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, do período entre 1979 a 2015, a partir da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Consequentemente, essa proposta converteu-se em duas frentes de exploração, sendo que a primeira consistiu de uma análise de conteúdo dos relatórios, o que correspondeu às seguintes categorias analíticas: defesas em prol dos Direitos Humanos; atividades condicionadas a Movimentos Sociais (exceto as de defesa em prol dos Direitos Humanos); e promoção e campanhas. Essa primeira análise resultou no enfoque das atividades do Movimento, ou seja, evidenciou seu papel na luta pelos direitos humanos. A segunda parte da análise correspondeu exatamente ao propósito da pesquisa, ou seja, relacionar o papel dos arquivos de movimentos sociais no Brasil, no caso do Movimento, com a memória e os arquivos. Portanto, essa documentação presente no acervo do Movimento faz desse lugar uma ferramenta social e uma fonte de dados e de resguardo da verdade por documentos que têm o caráter de testemunho e de prova de que aqueles fatos ocorreram. Além de ser um instrumento social, o arquivo do Movimento é um lugar que mantém em exercício a memória, evitando que se torne ausente e, consequentemente, se torne esquecimento.



Resumo Inglês:

The purpose of this article is to discuss the annual activity reports of the Movement for Justice and Human Rights, from 1979 to 2015, based on the content analysis of Laurence Bardin. Consequently, this work proposal converted in two fronts of analysis, the first of which consisted of a summary of the content analysis of the reports, which corresponded to the following analytical categories: defenses in favor of Human Rights; activities conditioned to Social Movements (except those in defense of Human Rights); and promotion and campaigns. This first analysis resulted in the focus of the Movement's activities, that is, it highlighted its role in the struggle for human rights. The second part of the analysis corresponded precisely research purpose that is, to relate the role of the archives of social movements, in the case of the Movement, with memory and archives. Therefore, the documentation present in the collection makes this place a social tool and a source of data and protection of the truth by documents that have a character of testimony and evidence that the facts occurred. In addition to being a social instrument, the Movement's archive is a place that keeps memory in exercise, preventing it from becoming absent and, consequently, becoming forgetfulness.