"Orgulho de ser nordestino": uma análise dos modos de dizer o sujeito nordestino e os seus modos de subjetivação

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ISSN: 2674-7375
Editor Chefe: Greciely Cristina da Costa
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

"Orgulho de ser nordestino": uma análise dos modos de dizer o sujeito nordestino e os seus modos de subjetivação

Ano: 2022 | Volume: 25 | Número: 50
Autores: Grigoletto, Evandra, Nardi, Fabiele Stockmans de
Autor Correspondente: Grigoletto, Evandra | [email protected]

Palavras-chave: Ser nordestino, Subjetivação, Memória

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao analisar tanto discursos de orgulho como de preconceito aos nordestinos, objetivamos compreender, neste artigo, os modos de dizer o nordeste e o nordestino que sustentam tais discursos. Como forma de recortar esses discursos, nosso corpus foi construído a partir da escuta de sujeitos nordestinos acerca dos modos de significação de dois enunciados: “orgulho de ser nordestino” e “tinha que ser nordestino”. Ancoradas na Análise de Discurso com filiação em Pêcheux, observamos, a partir das análises, como os sujeitos entrevistados, ao falarem sobre esses dois enunciados, se subjetivam e, ao mesmo tempo, mobilizam sentidos cristalizados de dizeres já sedimentados socialmente sobre o “ser nordestino”. No jogo entre o orgulho e o preconceito, agitam-se as redes de memória, a filiação ideológica pela repetição-reestruturação-desestabilização de sentidos já dados.



Resumo Inglês:

By analyzing both discourses of pride and prejudice towards Northeasterners, we aim to understand, in this article, the ways of saying the Northeast and the Northeastern that sustain such discourses. As a way of cut these discourses, our corpus was built from listening to Northeastern subjects about the ways of meaning of two statements: “orgulho de ser nordestino” and “tinha que ser nordestino”. Anchored in the Discourse Analysis with affiliation in Pêcheux, we observed, from the analyses, how the interviewed subjects, when talking about theses two statements, subjectivize themselves and, at the same time, mobilize crystallized meanings of sayings already socially sedimented about the “being Northeastern”. In the game between pride and prejudice, memory networks and ideological affiliation are stirred by the repetition-restructuring-destabilization of meanings already given.