Operários e operárias da fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia.: gênero, idade, qualificação profissional e nacionalidade. Recife, década de 1880

Revista Mundos do Trabalho

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ISSN: 19849222
Editor Chefe: Aldrin A. S. Castellucci
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Operários e operárias da fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia.: gênero, idade, qualificação profissional e nacionalidade. Recife, década de 1880

Ano: 2020 | Volume: 12 | Número: Não se aplica
Autores: Marcelo Mac Cord
Autor Correspondente: Marcelo Mac Cord | [email protected]

Palavras-chave: chapelaria, fábrica de chapéus, operários, operárias

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Aberta oficialmente em meados de 1882, a fábrica a vapor de chapéus de Antônio José Maia & Cia. tinha proprietários portugueses. Eles foram obrigados por lei a contratar uma cota de aprendizes nacionais e garantir sua subsistência. No bojo dessa exigência, havia o problema da “transição” do trabalho escravo para o livre e os históricos conflitos entre nativos e estrangeiros no mercado de trabalho. No início da operação do empreendimento fabril, a maior parte da mão de obra especializada era portuguesa. Aos pernambucanos e às pernambucanas das mais variadas idades, foram destinados, de uma forma geral, os serviços mais simples e provisórios. Entre os anos de 1882 e 1886, os portugueses foram paulatinamente substituídos por nacionais formados na própria fábrica a vapor de chapéus, barateando custos de produção. Naquele mesmo espaço de tempo, meninas, meninos, moças, rapazes e mulheres adultas, brasileiros contratados como aprendizes, foram os que mais sofreram com a precarização e com a rotatividade nas oficinas da chapelaria. Nosso artigo analisa as complexidades do objeto de estudo por meio dos instrumentos da história social do trabalho.



Resumo Inglês:

Officially opened in mid-1882, Antonio José Maia & Cia.'s steam factory had Portuguese owners. They were required by law to hire a quota of national apprentices and secure their livelihoods. At the heart of this demand was the problem of the “transition” from slavery to free labour and the historical conflicts between natives and foreigners in the labour market. At the beginning of the operation of the factory work, most of the specialized workforce was Portuguese. Pernambucans men and women of various ages were generally assigned the most simple and provisional services. Between 1882 and 1886, the Portuguese were
gradually replaced by nationals, trained at the very hat steam factory, thus making production costs cheaper. In that same period of time, boys, girls, teenagers and adult women, all Brazilians and hired as apprentices, were the ones who suffered the most from precariousness and the high turnover in the headgear workshops. Our article analyses the complexities of the object of study through the instruments of social history of labour.