O vocabulário filosófico-teológico de Nicolau de Cusa: indicações para se pensar a relação entre o uno e o múltiplo

Princípios (UFRN)

Endereço:
Campus Universitário, km 1, BR 101, Lagoa Nova
Natal / RN
Site: https://periodicos.ufrn.br/principios
Telefone: (84) 3215-3566
ISSN: 1983-2109
Editor Chefe: Dax Moraes
Início Publicação: 30/11/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

O vocabulário filosófico-teológico de Nicolau de Cusa: indicações para se pensar a relação entre o uno e o múltiplo

Ano: 2011 | Volume: 18 | Número: 30
Autores: José Teixeira Neto
Autor Correspondente: J. T. Neto | [email protected]

Palavras-chave: Nicolau de Cusa, Unidade, Multiplicidade, Complicatio-Explicatio

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho interessa-nos pensar a relação entre unidade e multiplicidade, um problema fundamental tanto filosófico quanto teológico como lembra Beierwaltes (1989, p. 179), a partir do vocabulário filosófico-teológico cusano. Na primeira parte do texto fazemos uma leitura às avessas da obra cusana. Partimos da suposição de que no De apice tehoriae Nicolau de Cusa sugere um princípio a partir do qual pode ser lida tanto a sua última obra quanto toda a sua especulação. Uma correta interpretação desse princípio pode ser construída ao pensarmos o modo de ser próprio das coisas criadas. O princípio primeiro se deixa ver e as coisas principiadas são sua manifestação e aparição. Porém, aparição perfeita do princípio é o seu Verbo. Em termos filosóficos isso significa que a aparição perfeita da unidade não é a pluralidade (sua explicatio), mas a igualdade (sua imago). Será o De mente a nos sugerir a diferença. Na segunda parte, portanto, refletiremos sobre a complicatio-explicatio como aposta cusana para se pensar o problema da unidade e da multiplicidade. Retomamos essa discussão a partir do De docta ignorantia e da Apologia quando Nicolau deve se defender da acusação feita por Wenck, no De ignota litteratura, de ter feito coincidir criador e criatura.



Resumo Inglês:

In this work we’re interested in thinking about the relationship between unity and multiplicity, which is a fundamental problem whether philosophical or theological points as Beierwaltes (1989, p. 179) emphasizes, from the cusanu’s philosophical and theological vocabulary. In the first part of the text, we read in reverse of the cusanu’s work. We estimate that at De apice tehoriae Cusanus suggests a principle from which can be read both his last work as well as all his speculation. A correct interpretation of this principle can be constructed by thinking the own way of being of created things. The first principle that lets see itself and the things initiated by it they are its manifestation and appearance. However, perfect appearance of the principle is his Word. In philosophical terms this means that the appearance of the unit is not perfect plurality (its explicatio), but equality (its imago). The De mente will suggest to us the difference. In the second part, therefore, we’re going to reflect on the complicatio-explicatio cusano bet as to think the problem of unity and multiplicity. We resume the discussion from the De docta ignorantia and Apologia, text in which Nicholas defends himself against the accusation made by Wenck, at De ignota Litteratura, having done coincide creator and creation.