O TEMPO EM BACHELARD: UMA RUPTURA COM O CONTINUÍSMO BERGSONIANO

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O TEMPO EM BACHELARD: UMA RUPTURA COM O CONTINUÍSMO BERGSONIANO

Ano: 2012 | Volume: 1 | Número: 25
Autores: José Ernane Carneiro Carvalho Filho
Autor Correspondente: CARVALHO FILHO, José Ernane Carneiro | [email protected]

Palavras-chave: Bachelard. Ruptura. Bergson.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A visão que Bachelard desenvolve sobre o tempo está ligada aos acontecimentos que estão ocorrendo no início do século XX na Europa. Um destes marcos é a recente Teoria da Relatividade de Albert Einstein que rompia com a visão clássica de um tempo único em todos os lugares e que influenciará de forma determinante o seu pensamento. Outro marco nesse processo é o estudo das obras do filósofo francês Henri Bergson que discute a existência de um tempo único através da ideia de duração, num sentido anti-einsteiniano. Neste ambiente rico em debates filosóficos surge a obra do historiador francês Gaston Roupnel, Siloë, em que são discutidas as concepções de tempo numa perspectiva descontinuísta, através da noção de instante. Esta obra de Roupnel impressiona Bachelard por estar em consonância com as suas ideias de ruptura, descontinuidade histórica, instante criador e por se encaixar com a Teoria da Relatividade de Einstein. A compreensão do conceito de descontinuidade histórica na Epistemologia Bachelardiana exige a relação que o filósofo francês estabeleceu com o conceito de duração da Filosofia Bergsoniana. É a partir da crítica que Bachelard estabelece ao conceito de duração que elabora a sua perspectiva do tempo descontínuo. O tempo, visto como instante em sua epistemologia permite conciliar com o ponto de vista da Teoria da Relatividade onde não há um tempo universal e também com a ideia de instante criador. A compreensão do conceito de descontinuidade histórica na Epistemologia Bachelardiana exige entender a relação que o filósofo francês estabeleceu com o conceito de duração oriundo da Filosofia Bergsoniana. É a partir da crítica que Bachelard estabelece ao conceito de duração que elabora a sua perspectiva do tempo descontínuo.