Na obra de Mia Couto, os espaços e tempos remetem-nos a uma identidade cultural moçambicana hÃbrida, na qual se mesclam elementos das culturas tradicionais bantas e das europeias, entre outras. A partir do conceito bakhtiniano de cronotopo, analisamos essa diversidade nas imagens do rio e da casa africanos que comparecem no conto “Nas águas do tempo†como tempos e espaços privilegiados, conformando uma narrativa paradigmática que evidencia os principais traços composicionais da produção coutiana dos últimos anos.
In the works of Mia Couto, the spaces and times take us to a hybrid Mozambican cultural identity, in which the elements from Bantu and European traditional culture, among others, mix. From the cronotropic Bakhtinian concept, we analyse the diversity in the images of the African river and house that appear in the short story "Nas águas do tempo" (n.t.: “In the waters of timeâ€) as privileged times and spaces, conforming to a paradigmatic narrative that highlights the main compositional traces of the Couto production in the last years.