O QUE AS FLECHAS DO KYUDO E DOS POTIGUARA NOS CONTAM NO SEU TRAJETO ENTRE PASSADO E PRESENTE EM SUAS CERIMÔNIAS E RITUAIS

Áltera

Endereço:
Programa de Pós-graduação em Antropologia. Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Conjunto Humanístico Bloco IV. Cidade Universitária.
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Telefone: (83) 98631-8440
ISSN: 24479837
Editor Chefe: Lara Santos de Amorim
Início Publicação: 30/11/2015
Periodicidade: Semanal
Área de Estudo: Antropologia

O QUE AS FLECHAS DO KYUDO E DOS POTIGUARA NOS CONTAM NO SEU TRAJETO ENTRE PASSADO E PRESENTE EM SUAS CERIMÔNIAS E RITUAIS

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 5
Autores: S. N. B. de Sá, M. O. Andrade
Autor Correspondente: M. O. Andrade | [email protected]

Palavras-chave: Arqueirismo, Cerimônias, Performance, Potiguara, Japão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo aborda, sob a perspectiva da performance, duas modalidades de prática de arqueirismo, vivenciadas a partir de dois eventos realizados na Paraíba em 2016: os IV Jogos Indígenas Potiguara, em Tramataia, localizado no município de Marcação e o XI Festival do Japão, no Espaço Cultural da Energisa, em João Pessoa. O objetivo foi de buscar compreender como as práticas do arqueirismo refletem as cosmologias destes dois povos e como estes eventos envolvem a performance que perpassa os processos identitários em suas celebrações. No caso do arqueirismo Potiguara, ele foi ritualizado em forma de competição, apresentado juntamente com outras práticas esportivas como a canoagem, a corrida de tora e as lanças, em que os praticantes usam indumentárias indicadas pelas regras dos jogos. Já a prática do arqueirismo milenar japonês (Kyudo) ocorreu como uma demonstração de sua tradição na perspectiva do Bushidô (união espírito e físico), que se afasta das técnicas de combate (Bujutsu), embora conserve as maestrias dos antigos samurais. O método etnográfico de análise situacional permitiu a descrição pontual do arqueirismo nos dois dias de eventos e assim foi possível traçar uma série de análises e reflexões sobre os problemas teóricos que envolvem os rituais, as performances e as tradições das duas culturas envolvidas.



Resumo Inglês:

This study examines – from the standpoint of performance – two versions of the art of bow and arrow which were present in two 2016 events held in the Brazilian state of Paraíba: the 4th Potiguara Indian Games (IV Jogos Indígenas Potiguara), at Tramandaia, Marcação, and the 11th Japan Festival (XI Festival do Japão), at the Espaço Cultural da Energisa, João Pessoa. Its aim has been to understand how archery reflects the cosmology of these two people and how the performance of the archers is associated with their identity processes. In the Potiguara games, archery occurred as one of the competitions – that also included canoeing, log-carrying races, and javelin throwing – in which the competitors wore the specific clothing required by the rules of the games. In the other event, traditional Japanese archery (Kyudo) occurred as a demonstration and as an aspect of Bushidô (that combines physical and spiritual elements), which differs from Bujutsu (traditional martial arts), in spite of including the fighting skills of the samurai. The ethnographic method of situational analysis was used to describe the archery activities performed in both events, and allowed us to produce analyses and reflections related to theoretical problems present in rituals, performances and traditions of the two cultural worlds in question.