O que está Dentro está Fora: Prisão e Arte

Cadernos NAUI

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ISSN: 2358-2448
Editor Chefe: Alicia Norma González de Castells
Início Publicação: 01/08/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Museologia

O que está Dentro está Fora: Prisão e Arte

Ano: 2012 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Cleidi Albuquerque
Autor Correspondente: Cleidi Albuquerque | [email protected]

Palavras-chave: Prisão, Modernidade desencantada, Edward Hopper, Jean-Michel Basquiat, Jean Genet, política da amizade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto procura mostrar semelhanças entre a situação de dentro de uma prisão com o mundo de fora, dos cidadãos modernos. Parte do conceito de complexidade de Morin (2002) e procura demonstrar esta relação através de expressões artísticas do século XX. A pesquisa de campo foi realizada em 2002 na prisão feminina de Santa Catarina em Florianópolis. No discurso das prisioneiras e na interação elas, Goffman possibilitou entender a prisão como local de desculturação. O sonho dos prisioneiros é a liberdade, a reconquista de seus ideais. A arte moderna e contemporânea expressa estes mesmos desejos. Foram escolhidos os pintores americanos Edward Hopper e JeanMichel Basquiat e o escritor francês Jean Genet como exemplos da busca de integração pessoal e social que tanto estão na prisão como na sociedade. Foram apresentadas obras muitas vezes distantes do Belo consagrado socialmente tratando esteticamente questões éticas impostas pela da modernidade pragmática, injusta, racionalista. Assim a ânsia por liberdade de quem está dentro das prisões é semelhante a dos de fora: a possível liberdade da sociedade moderna é vazia, triste, ociosa.