O artigo objetiva analisar como o espaço geográfico do bairro Santa Felicidade em Curitiba-PR foi (re)produzido pelo turismo, tendo reflexos na identidade local através da cultura. Para isso, busca-se compreender seu processo histórico de produção, desde a formação da colônia e do bairro e sua relação com a expansão de Curitiba e, mais recentemente, com a apropriação da cultura italiana pelo turismo gastronômico, em que restaurantes e vinícolas caracterizam o bairro e há a ameaça que a identidade da população se dilua. A pesquisa desenvolveu-se a partir de revisão bibliográfica e visita de campo que incluiu coleta de fotografias e entrevistas, e a análise dos resultados baseou-se no materialismo histórico dialético. Assim foi possível apontar como consideração as contradições presentes no bairro, analisando-as de forma conjunta à cultura material, imaterial e sua relação com o turismo.