O pontificado de Francisco em perspectiva ecumênica
Caminhos de Diálogo
O pontificado de Francisco em perspectiva ecumênica
Autor Correspondente: Antônio Lopes Ribeiro | [email protected]
Palavras-chave: cristianismo, ecumenismo, diálogo inter-religioso, unidade, religião
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Após longos séculos de exclusão e fechamento, o Vaticano II abriu as portas da Igreja ao mundo moderno, em uma virada histórica, mais bem compreendida em chave dialógica: diálogo com outros cristãos, não cristãos e com a cultura. O Vaticano II reconhece o movimento ecumênico e o valor salvífico das religiões não cristãs, dedicando três documentos sobre esses dois temas. Em contexto pós-conciliar, o papa João Paulo II manifestou-se aberto à causa da unidade entre os cristãos, com publicações importantes, como a carta encíclica Ut unum sint. Seu sucessor, o papa Bento XVI, já estigmatizado pela Dominus Iesus pouco fez pela causa ecumênica. Com sua abdicação ao papado, assume o papa Francisco, a grande esperança à causa ecumênica. Este artigo trata sobre a abertura da Igreja católica na visão do papa Francisco ao ecumenismo, que ao reiterar os ensinamentos ecumênicos conciliares, bem como de outros importantes documentos do magistério, dá-lhes um toque especial, mostrando ao mundo que o caminho da concórdia, da justiça e da paz se faz pela busca da unidade através do diálogo, caminho este a ser trilhado não só por todos os cristãos, mas também pelos não cristãos, religiosos ou não.
Resumo Inglês:
After centuries of exclusion and isolation, the Vatican II opened the doors of the Church to the modern world, in a historical turning point, better understood as a dialogical scheme: dialogue with other Christians, non-Christians and with the culture. The Vatican II recognized the ecumenical movement and the salvific value of the non-Christian religions, dedicating three documents to these two subjects. In a post-conciliatory context, the pope John Paul II showed openness to the cause of unity among Christians, with important publications, such as the encyclical letter Ut unum sint. His successor, the pope Benedict XVI, already stigmatized due to the Dominus Iesus, did little for the ecumenic cause. With his resignation, came the pope Francis, the great hope of the ecumenic cause. This article deals with the openness of the Catholic Church to the ecumenism in the view of pope Francis, who after reiterating the ecumenic council‟s teachings, as well as other important documents, added to them a special touch, showing to the world that the path to concord, justice and peace is made by the search for unity through dialogue, and that this path must be followed not only by all Christians, but also by the non-Christians, religious or not.
