O poético como traço imanente ao processo de subjetivação na escritura de Eduardo Galeano

Odisseia

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ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O poético como traço imanente ao processo de subjetivação na escritura de Eduardo Galeano

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Heloisa Ribeiro Miranda, Célia Maria Domingues da Rocha, Vinicius Carvalho Pereira
Autor Correspondente: H. H. R. de Miranda | [email protected]

Palavras-chave: linguagem, poético, estranhamento, Semiologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca discutir uma inversão do axioma da linguagem, rompendo com a ideia de que a linguagem referencial seria um universal em que a linguagem poética se encaixaria como um caso especial. Nessa perspectiva, a linguagem poética não será tomada como uma linguagem privilegiada, mas será percebida como uma faculdade que nasce com o sujeito. Sendo o um traço imanente ao sujeito, defendemos que o estranhamento, proposto por Chklovski como técnica que fabrica a singularização da imagem, pode ser compreendido como a manifestação do inconsciente e o retorno, mesmo que momentâneo, do sujeito ao seu estágio poético. Para tanto, tomaremos como ponto de partida da análise semiológica do texto do uruguaio Eduardo Galeano, com o texto Pájaros proibidos, retirado da obra Memoria del fuego III (2013), em diálogo com a teoria da literatura e alguns pressupostos psicanalíticos.



Resumo Inglês:

The present article seeks to discuss an inversion of the language axiom, breaking with the idea that referential language would be a universal tenet in which poetic language would fit as a special case. In this perspective, poetic language will not be taken as a privileged language, but as a faculty born with the subject. As an immanent trait of the subject, we argue that unfamiliarity, proposed by Chklovski as a technique that makes the singularization of the image, can be understood as the manifestation of the unconscious and the return, even if momentary, of the subject to his poetic stage. To do so, we will take as a starting point the semiological analysis of Uruguayan Eduardo Galeano’s text Pájaros prohibidos, found in Memoria del fuego III (2013), in dialogue with literary theory and some psychoanalytical assumptions.